Eletronuclear dá mais um importante passo para estender por mais 20 anos a vida útil da Usina Angra 1
A Eletronuclear entregou o relatório final da terceira Reavaliação Periódica de Segurança (RPS) de Angra 1 à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), mais de dez dias antes do prazo estabelecido pelo órgão. A documentação, que agora passa pela avaliação da CNEN, é produzida pela empresa a cada dez anos para assegurar que a usina continue operando com eficiência e segurança. Dessa vez, o material tem como foco o processo chamado de Long Term Operation (LTO) – em português Operação de Longo Prazo. “Entretanto, já em setembro, a CNEN recebeu a penúltima etapa do material, incluindo, entre outras coisas, a avaliação de 14 Fatores de Segurança – segundo as diretrizes da Agência Internacional de Energia Atômica”, explicou o coordenador da Diretoria Técnica da Eletronuclear e responsável pelo LTO, José Augusto do Amaral.
Entre os itens analisados neste documento, estão o desempenho de segurança, planejamento de emergência e impacto radiológico no meio ambiente, sistema de gerenciamento e cultura de segurança, qualificação de equipamentos e o uso da experiência de outras usinas. “Estamos satisfeitos com toda a interação que vem sendo promovida com a CNEN ao longo dos últimos anos e temos boas expectativas de alcançar o objetivo ao longo de 2024”, explicou Amaral. A Eletronuclear estabeleceu, como um dos seus principais projetos institucionais, a obtenção da renovação da Licença de Operação de Angra 1, solicitada à CNEN oficialmente em 2019. A atual vigência do documento termina em dezembro de 2024. Pensando nisso, a empresa vem desenvolvendo uma série de medidas e avaliações técnicas. Como consequência, será possível manter a capacidade de geração de energia elétrica de uma fonte limpa e segura, sem a necessidade de construção de um novo empreendimento.
Já foram realizados avanços significativos visando preparar a usina para operar por mais 20 anos. Entre eles estão a troca dos geradores de vapor, aplicação de sobrecamada de solda – conhecida como weld overlay – nos bocais do pressurizador, troca da tampa do vaso de pressão do reator e substituição dos transformadores principais. Também foram implementados alguns programas, como o gerenciamento da obsolescência, além de inspeções e manutenção de estruturas de concreto. Serão ainda executados projetos de melhorias de segurança e modernização de sistemas e equipamentos da usina em que serão investidos cerca de 400 milhões de dólares entre 2023 e 2028.
Ao todo, cerca de 200 pessoas trabalham diretamente nos projetos relacionados ao tema. “Promover novos empreendimentos é importante, mas também é necessário e economicamente estratégico prolongar a operação de usinas já existentes. Assim, continuarão sendo disponibilizados a partir de 2025 ao Sistema Integrado Nacional (SIN) 640 MW adicionais de capacidade a um custo extremamente competitivo e com eficiência operacional comprovada”, finaliza Amaral.
Fonte: Petro Notícias