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Eletrobrás: venda de US$ 14 bilhões da estatal se aproxima do ponto decisivo

Investidores da estatal brasileira Eletrobrás aguardam uma decisão importante que possa permitir que o governo
avance com o tão esperado plano de privatização da empresa.

O governo do presidente Jair Bolsonaro está buscando privatizar a Eletrobrás por meio de um aumento de capital no qual a participação do estado acabaria diluída, efetivamente abrindo mão do controle da empresa sediada no Rio de Janeiro, mantendo alguns direitos de veto. Os legisladores aprovaram o processo de venda no ano passado, mas o Tribunal de Contas do Brasil ainda precisa dar sinal verde. O TCU, como é conhecido o tribunal, deve discutir o tema nesta quarta-feira, incluindo o preço mínimo da oferta.

As ações ordinárias da Eletrobrás podem valer até R$ 67,6 (US$ 14,55) se a privatização for bem-sucedida, de acordo com estimativas do Goldman Sachs Group Inc. AméricaCorp.

Se a venda se concretizar, “vemos uma oportunidade para a empresa buscar ganhos de eficiência, aproximar os níveis operacionais de onde operam os players privados”, escreveram analistas do Goldman Sachs liderados por Pedro Manfredini em relatório datado de 11 de abril, reafirmando uma compra equivalente classificação para o estoque.

A venda, no entanto, dificilmente é um negócio feito. Apesar de uma recuperação recente, as ações ainda estão cerca de 12% abaixo de seu recorde intradiário, refletindo algum ceticismo sobre se a privatização avançará. O governo está correndo contra o tempo para segurar a venda de ações antes que a volatilidade comece a acontecer antes da eleição presidencial de outubro, e um processo de aprovação mais longo do que o esperado no TCU pode diminuir o entusiasmo dos investidores. Autoridades do governo esperavam que a venda arrecadasse cerca de 67 bilhões de reais, ou cerca de US$ 14,4 bilhões.

Caso a oferta não ocorra até 13 de maio, a Eletrobrás precisará atualizar o prospecto da venda com os resultados do primeiro trimestre, adiando a operação para o terceiro trimestre, mais próximo da eleição. Na sessão de quarta-feira do TCU, um dos ministros da corte poderia pedir mais tempo para analisar o assunto, segundo reportagem da BloombergNews.

A Eletrobrás continua sendo “um caso binário com mais vantagens que só pode ser desbloqueado com uma privatização bem sucedida nos próximos meses”, escreveram analistas do JPMorganChase &Co. liderados por Fernando Abdalla em relatório datado de 18 de abril. assume 50% de chance de ocorrer a privatização.

“Se a privatização não acontecer em 2022 e o próximo presidente decidir suspender o processo, prevemos riscos negativos para nossa avaliação”, escreveu a equipe.

Fonte: O Petróleo

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