Oil & Gas

EDP Brasil amplia análise de projetos para disputar leilão de transmissão

A elétrica EDP Brasil pretende disputar o próximo leilão do governo brasileiro para a concessão de projetos de transmissão de energia e para isso ampliou o foco de suas análises sobre os empreendimentos que serão oferecidos a investidores na licitação, prevista para dezembro.

A estratégia da companhia controlada pela portuguesa EDP vem após os últimos certames de concessões de transmissão terem atraído forte disputa, o que leva a deságios e reduz a receita futura pela operação e manutenção das instalações licitadas, disse o presidente da EDP Brasil, Miguel Setas.

“Nós até agora preferimos projetos que têm sinergias com as regiões onde já estamos presentes….mas agora o mercado está cada vez mais competitivo por um lado. E por outro lado o número de projetos não é mais tão abundante. Isso nos faz olhar para outras regiões do país onde não estamos tão representados”, disse o executivo a jornalistas, em teleconferência para comentar os resultados trimestrais.

“Obviamente, estamos olhando para outros mercados, outras regiões do país, que não são exclusivamente aquelas que estavam no nosso foco, para maximizar sinergias”, acrescentou Setas.

A EDP, que tem negócios em geração e distribuição de energia, passou a investir em transmissão a partir do final de 2016 e desde então acumulou portfólio de projetos no segmento que demandarão cerca de 3,5 bilhões de reais em investimentos.

Os empreendimentos de transmissão da companhia envolvem até o momento obras no Espírito Santo, Maranhão, Santa Catarina e entre Minas Gerais e São Paulo.

A elétrica controla distribuidoras em São Paulo e no Espírito Santo, além de ter fatia na Celesc, de Santa Catarina, enquanto no Maranhão possui ativos de geração.

O próximo leilão de projetos de transmissão, em 19 de dezembro, oferecerá a investidores 12 lotes de empreendimentos que deverão demandar quase 4 bilhões de reais.

A EDP Brasil reportou na quarta-feira lucro líquido de 354 milhões de reais no terceiro trimestre, alta de 15,3% na comparação com os mesmos três meses de 2018.

Fonte: Reuters

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