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Diretor da ANTAQ fala sobre a importância do Arco Norte em audiência no Senado

A participação do Arco Norte na movimentação portuária de soja e milho passou de 20% em 2010 para aproximadamente 40% em 2018. O destaque foi dado pelo diretor da ANTAQ, Adalberto Tokarski, durante audiência pública realizada no Senado que debateu a definição e importância do Plano Estratégico do Arco Norte para o desenvolvimento do Pará.

O Arco Norte é um plano estratégico que compreende portos ou estações de transbordos dos estados de Rondônia, Amazonas, Pará, Amapá e Maranhão – portos acima do Paralelo 16ºS.

Em 2018, a movimentação portuária de grãos (milho + soja) pelo Arco Norte alcançou 53,8 milhões de toneladas. Em 2017, esse número foi de 48,8 milhões de toneladas. No ano passado, o Brasil movimentou 136,1 milhões de toneladas de grãos, contra 126 milhões de toneladas em 2017.

Tokarski também destacou o potencial do Arco Norte, informando que em Porto Velho, pelo Rio Madeira, a movimentação portuária foi de aproximadamente dez milhões de toneladas no ano passado, sendo que 7,4 milhões de toneladas foram grãos. O diretor da Agência também trouxe números da movimentação portuária em Itacoatiara (AM), onde foram movimentadas 10,3 milhões de toneladas, sendo que cerca de sete milhões de toneladas foram grãos.

Já a movimentação portuária em Santarém foi 8,7 milhões de toneladas em 2018, sendo que a movimentação de soja e de milho alcançou oito milhões de toneladas. No Porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA), a movimentação portuária alcançou 29 milhões de toneladas. A de grãos foi de 15,6 milhões de toneladas. Em relação ao Porto de Itaqui (MA), a instalação movimentou em 2018 cerca de 22 milhões de toneladas. Os grãos ficaram com 9,8 milhões de toneladas.

No Arco Norte, a Hidrovia do Tocantins conta com as eclusas de Tucuruí. O sistema pode atender comboios de 200 metros de comprimento, 32 metros de largura e 3 metros de calado, com capacidade para 19 mil toneladas de carga. “A capacidade de transporte de cargas é estimada em até 40 milhões de toneladas por ano”, afirmou Tokarski.

Tokarski ressaltou a questão do Pedral do Lourenço: corredeira de 43 quilômetros de pedras do rio localizado acima da barragem. As pedras impedem a passagem das embarcações nos períodos de seca, por pelo menos cinco meses do ano. “O derrocamento está em estágio de elaboração de estudos para o licenciamento ambiental”, disse o diretor da Agência.

Tokarski enalteceu ainda as ações da ANTAQ na Região Amazônica, como a elaboração do estudo “Caracterização do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica”, quando foi identificado o transporte de dez milhões de passageiros/ano nos quatro estados contemplados pela pesquisa: Amazonas, Amapá, Rondônia e Pará. O estudo analisou linhas estaduais e interestaduais, 559 embarcações, 97 municípios atendidos e 196 terminais de embarque/ desembarque.

O diretor da Agência também lembrou o “Projeto de Coleta Seletiva nas Embarcações da Navegação Interior Mista na Região Amazônica”, realizado pela ANTAQ em Santarém (PA) e em Belém.

Fonte: ANTAQ

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