Detroit lança primeiro rebocador híbrido mecânico projetado e construído nas Américas
Com sistema, construtor projeta redução de até 6% nas emissões de gases. Embarcação de apoio portuário terá capacidade de tração de 80 toneladas de tração estática.
O Estaleiro Detroit Brasil (SC) lançou, na última terça-feira (14), o primeiro rebocador híbrido mecânico projetado e construído nas Américas. A estimativa é que o Starnav Lynx possa reduzir em até 6% as emissões quando comparados a um rebocador convencional de similar potência. A embarcação foi fabricada com recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM) e teve o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como agente repassador.
Com uma capacidade de tração de 80 toneladas de bollard pull (tração estática), a embarcação conta com a Schottel fornecendo os propulsores e o sistema híbrido e os motores principais da MTU (série 4000). De acordo com Marcelo Rampelotti, gerente de projetos do estaleiro, o sistema híbrido mecânico instalado no rebocador consiste em uma série adicional do eixo que conecta os propulsores de ambos os bordos. Dessa forma, eles compartilham força motriz entre si.
“Isso permite que em navegação, em deslocamentos curtos ou em algumas manobras específicas, como combate a incêndios externos, a embarcação possa manter um dos motores principais desligados, economizando assim o consumo de combustíveis e horas de operação dos motores, além de reduzir as emissões”, destacou Rampelotti à Portos e Navios.
Em 2022, a Detroit Brasil lançou na International Tug and Salvage Convention (ITS), em Istambul, na Turquia, a linha de rebocadores ‘Detroit Green Line’, que conta com soluções focadas na redução nas emissões de gases do efeito estufa, em sintonia com as principais diretrizes da Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla original).
O Detroit destacou que o Starnav Lynx é a primeira embarcação de seu tipo entregue e também a primeira da ‘Green Line’. Segundo Rampelotti, esta série terá quatro embarcações, sendo três delas preparadas para a futura instalação do sistema híbrido e a outra deixará o estaleiro com o sistema inteiramente operacional. A embarcação teve como madrinha a colaboradora Declivone Alencar Antunes Dias.
Fonte: Portos e Navios