Jornal Multimodal

Demanda de fim de mês limita baixa do dólar, em dia positivo no exterior

O dólar fechou em ligeira queda frente ao real nesta quarta-feira, mas o estímulo às vendas foi limitado pela persistente demanda por moeda no mercado físico, reflexo do sazonal aumento de saídas de recursos em fim de mês.

Além de fim de mês, junho marca ainda o término de trimestre e de semestre, o que tem reforçado a procura de empresas e investidores por dólares para envio ao exterior —como remessas de lucros e dividendos, por exemplo.

A taxa do casado —um cupom cambial de curtíssimo prazo e que reflete o custo do dólar no país— chegou a bater 8% nesta quarta-feira, muito acima do usual, entre 3% e 4%.

Após o leilão de linha do Banco Central —no qual a autoridade monetária injetou 1 bilhão de dólares no sistema—, o casado caiu à faixa de 6%, patamar ainda considerado alto, mas retomou força e voltou a tocar os 8%.

“O mercado está muito afetado por questões técnicas. Tem a ‘briga’ pela Ptax, saídas de recursos… Não duvido que o BC volte a anunciar mais linhas”, disse Thiago Silencio, operador de câmbio da CM Capital Markets.

Ainda pela manhã, o BC vendeu todo o lote de 1 bilhão de dólares em linha de moeda estrangeira com compromisso de recompra, elevando o estoque total dessas operações para 15,025 bilhões de dólares, 6 bilhões de dólares a mais que no começo de junho.

No fim do pregão no mercado interbancário, o dólar fechou em queda de 0,16%, a 3,8467 reais na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de maior liquidez oscilava em torno da estabilidade, a 3,8475 reais.

O real ficou atrás de alguns de seus pares emergentes, como rand sul-africano, peso mexicano e lira turca, que lideravam os ganhos nos mercados de câmbio nesta sessão. Esperanças de algum progresso nas negociações comerciais entre China e Estados Unidos ampararam a demanda do mercado por ativos de risco.

Fonte: Reuters

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