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Déficit na safra global de açúcar

Em movimento oposto, Brasil e Índia foram os maiores polos produtores de açúcar na safra. O mercado viu as cotações do açúcar ganharem força ao longo de 2020 amparado pelo cenário de déficit no mercado de global do produto. Tal desequilíbrio foi causado, principalmente, pelas reduções de safra de Tailândia e Europa nesta temporada.

No primeiro, a cana de açúcar perdeu competitividade para outras  culturas concorrentes o que resultou em área plantada menor. Do lado da Europa, após a proibição do uso de neonicotinóides, os produtores tiveram problemas com o vírus amarelo que afetou sobremaneira a produtividade e os números finais de produção.

Em movimento oposto, Brasil e Índia foram os maiores polos produtores de açúcar na safra. As usinas brasileiras contaram com a ajuda do dólar valorizado em relação à moeda local para aumentar a atratividade do açúcar em relação ao etanol, que também teve seu consumo afetado pela pandemia. Na Índia, as chuvas das monções foram favoráveis à produtividade da cana e abasteceram os reservatórios para manter a produção durante a safra. Além disso, o subsídio para exportação chegou e o mundo foi buscar a paridade para colocar o açúcarindiano nos destinos.

De acordo com os dados divulgados pelo relatório mensal Agro Itaú, mesmo com a pandemia do coronavírus e a redução no crescimento do consumo de açúcar, o balanço global na safra 20/21 (out-set) deverá apresentar déficit de 4,9 milhões de toneladas. Olhando para a frente, o mercado tem se questionado sobre o comportamentos dos preços no próximo ano e, portanto, sobre como as forças de oferta e demanda se comportarão na safra global 2021/22.

 

 

 

Fonte: Agrolink

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