Copersucar vê aumento de 50% na demanda por etanol dos EUA com nova política
A brasileira Copersucar, maior comercializadora de açúcar e etanol do mundo, espera que a demanda pelo biocombustível nos Estados Unidos aumente em 50% quando uma nova política que permite vendas maiores de gasolina com 15% de etanol, conhecida como E15, estiver totalmente implementada.
O presidente-executivo da Copersucar, João Roberto Teixeira, disse em uma teleconferência com repórteres nesta segunda-feira que a companhia vê um forte potencial para as vendas de etanol nos EUA, onde opera com sua subsidiária Eco-Energy, nos próximos dois a três anos.
“O potencial de mercado para o etanol nos EUA, conforme a política do E15 é gradualmente implementada, é significativo”, disse Teixeira.
Uma decisão recente do governo dos EUA permitirá as vendas durante todo o ano do E15, gasolina misturada com 15% de etanol, no país. Os produtores de etanol esperam que a mudança seja implementada a tempo para a temporada de verão dos EUA.
Teixeira acredita que a Copersucar está em uma boa posição para se beneficiar das políticas nos EUA e no Brasil para aumentar o uso de biocombustíveis, incluindo o potencial de arbitragem entre os dois maiores mercados de etanol do mundo.
A Copersucar exporta etanol brasileiro para os Estados Unidos e importa etanol dos EUA para o Brasil, usando a infraestrutura da Eco-Energy, dependendo dos preços em ambos os mercados e da taxa de câmbio.
“É uma ótima plataforma de biocombustível que temos, com combustível feito de milho e cana-de-açúcar para explorar oportunidades não apenas no Brasil e nos EUA, mas em outros lugares”, disse ele.
A Eco-Energy movimentou 9 bilhões de litros de etanol nos 12 meses encerrados em março. A Copersucar movimentou 4,8 bilhões de litros, dos quais 700 milhões de litros foram para os EUA.
O Brasil iniciará um novo programa de biocombustíveis no próximo ano, o RenovaBio, com metas para os distribuidores de combustíveis aumentarem gradualmente a quantidade de biodiesel e etanol que eles vendem.
Fonte: Reuters