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Copel mira parcerias para iniciar investimentos em geração distribuída de energia

A estatal paranaense Copel está em busca de parcerias para estrear no segmento de geração distribuída de energia, modelo que envolve a implementação de sistemas de pequeno porte para atender à demanda de consumidores comerciais e empresas, disse à Reuters um executivo da companhia.

A estratégia mira a entrada em um nicho de negócios que tem crescido de forma exponencial no Brasil, ao oferecer ao mesmo tempo energia renovável a preço competitivo para os consumidores e retornos interessantes para as empresas de energia.

Os projetos com a tecnologia alcançaram cerca de 1 gigawatt em capacidade no Brasil neste mês, saindo praticamente do zero em 2012, quando foram estabelecidas regras para investimentos no modelo.

“O modelo de negócios que estamos buscando é entrar em uma composição societária em que os donos dos projetos fiquem com 51% e a Copel com um aporte de 49%, minoritária”, afirmou o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Copel, Cassio Santana da Silva.

“Hoje, não há uma limitação clara no orçamento, a gente está mais focado em selecionar bons projetos… não posso comentar porque ainda temos que estudar a viabilidade, mas poderíamos tranquilamente chegar na casa de centenas de milhões (de reais em investimentos) desde que tenhamos projetos bem estruturados”, acrescentou ele.

Os projetos de geração distribuída podem tanto envolver usinas de pequeno porte, com até 5 megawatts, quanto a instalação de sistemas menores, como com placas solares em telhados, por exemplo.

Mas o foco da Copel será nos empreendimentos de maior porte, com até 5 megawatts, com prioridade para aqueles no Paraná, embora projetos em outras regiões não sejam descartados.

“Estamos considerando qualquer fonte energética. Pode ser uma pequena central hidrelétrica (PCH), um projeto fotovoltaico, que é o mais comum, pode ser biomassa, pode ser biogás. Estamos de fato buscando selecionar projetos competitivos”, explicou Silva.

Segundo ele, a companhia poderá tanto entrar em projetos já concluídos, com a compra de participação, quanto em iniciativas em andamento, dando fôlego financeiro para o avanço das obras, além de outros em estágios menos avançados.

“A Copel ainda não está no segmento de geração distribuída, então seria nossa estreia nesse mercado. É um negócio no qual a gente julga que precisa estar dentro, até para continuar o protagonismo da Copel no mercado”, apontou o executivo.

Para encontrar os possíveis sócios, a elétrica paranaense lançou um processo de chamada pública, encerrado na segunda-feira.

Agora, a empresa buscará avaliar os projetos, como uma perspectiva de iniciar negociações com os proprietários possivelmente em agosto.

Após a concretização dos investimentos, a Copel espera comercializar a energia dos projetos de geração distribuída junto a clientes de baixa e média tensão, o que incluem pequenos comércios e redes de supermercado, por exemplo.

Ao comprar essa energia, os consumidores poderão obter uma economia de entre 10% e 15% em relação a seu custo atual com a compra de energia por meio de distribuidoras.

Fonte: Reuters

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