Construção civil pode ser beneficiada com investimento nos setores aeroportuário e ferroviário
O aumento da capacidade aeroportuária e o investimento no setor ferroviário foram os principais temas debatidos durante a reunião plenária dos Conselhos Superiores da Construção (Consic) e da Infraestrutura (Coinfra) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
A capacidade de viagem aeroviária por ano por habitante no país pode chegar até quatro, enquanto que hoje é de apenas meia viagem por ano, segundo observou Adalberto Febeliano, Adalberto Febeliano, vice-presidente comercial e de marketing da Modern Logistics e diretor da Divisão de Logística e Transportes da Deinfra da Fiesp. “Para acomodar esse crescimento esperado para os próximos anos, precisamos de mais aeroportos, mais pistas, mais pátios e também de novos sistemas de acesso e egresso aos aeroportos”, destacou.
A cidade de São Paulo já enfrenta algumas dificuldades de capacidade de tráfego aéreo, situação que tende a piorar ao longo do tempo, ainda segundo Febeliano. “É importante que haja melhoramento ao acesso ao aeroporto de Guarulhos e Viracopos. Além disso, é preciso começar a pensar na construção de mais um aeroporto aqui na região metropolitana”, disse.
O transporte regional dentro do Estado de São Paulo é outro tema enfatizado. “Podemos fazer a conectividade com as grandes regiões do interior, como a cidade de São José do Ribeirão Preto, Araçatuba, Presidente Prudente, Bauru e outras desse porte”, completou.
O melhoramento do acesso precisa se dar não só pela via rodoviária ou aérea. “A medida que os aeroportos vão ficando mais cheios na cidade de São Paulo, é importante que a gente libere essa capacidade para os voos mais longos, nos quais é mais importante o transporte aéreo. Então é muito mais importante que a gente já começasse a pensar uma rede de transporte ferroviário de alta velocidade, ligando essas principais cidades”, finalizou.
A geração de empregos no setor da construção civil será a principal vitória a ser conquistada com os investimentos no setor da construção e também no ferroviário. “São esperados R$ 25 bilhões de investimentos para os próximos cinco anos no setor ferroviário, tanto na melhoria das linhas existentes, como na construção de novas linhas. Os mais imediatos devem ser na área de carga e na de passageiros. Na área de cargas, dependemos das renovações antecipadas dos contratos existentes das concessionárias atuais. A indústria ferroviária também será beneficiada para que possa fazer o transporte de material rodante nessas ferrovias”, disse Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer).
Ainda na pauta, a Substituição Tributária (ST) que gerou amplo debate entre os presentes.
A coordenação do debate ficou por conta de Manuel Carlos de Lima Rossitto, vice-presidente do Consic.
Fonte: FIESP