Jornal Multimodal

Comunidade portuária contribui para Plano Diretor de Paranaguá

A empresa pública Portos do Paraná reuniu operadores portuários dos principais segmentos de carga para debater a atualização do Plano Diretor do município com a Secretaria Municipal de Urbanismo de Paranaguá. A ideia é que o desenvolvimento do setor seja contemplado no novo documento que norteia a organização e o crescimento da cidade para os próximos dez anos.

“O Plano Diretor também vai orientar todo o crescimento portuário. A organização é fundamental para que as empresas possam se instalar, crescer e gerar emprego e renda para a população”, afirma o diretor empresarial da Portos do Paraná, André Pioli, que recebeu os participantes.

Segundo ele, a partir do momento em que o setor ganha potencial de ampliação e atuação, o próprio município e a comunidade ganham. “A partir desta primeira reunião vamos criar um grupo de discussão para apresentar, até fevereiro, as demandas do setor”, disse o diretor empresarial.

DEMANDA – A principal demanda da Portos do Paraná e dos operadores, além da questão da ocupação das áreas, é a necessidade de parceria e empenho de todos na reorganização da saída dos caminhões da cidade.

“Hoje, o caminhão que chega descarrega no porto com toda a eficiência e agilidade. Porém, quando o caminhão sai, quer aproveitar para levar outra carga. Ele descarrega o grão e leva para o Interior o fertilizante. Essa troca de frete, aqui no município, não é tão ágil como deve ser. Muitos caminhões param para fazer esse trâmite nos postos, o que acaba travando a cidade”, explica.

Entre as soluções apresentadas pelo setor aos representantes da Secretaria Municipal de Urbanismo estão a viabilidade de um novo pátio de retorno e alternativas de tecnologia para organizar também o retorno da carga, a exemplo do que acontece na chegada.

“Estamos estudando essas possibilidades, mas é um trabalho como um todo que deve integrar a cidade, que deve se adequar. A prefeitura, que deve caminhar junto com o porto e os operadores portuários. A união dessas forças é que vai fazer com que o serviço seja bem-feito e ágil para todos”, garante Pioli.

URBANISMO – Segundo o engenheiro civil Koiti Cláudio Takiguti, essa foi uma das reuniões setoriais que o município vem realizando para a atualização do Plano Diretor. “É a fase de diagnóstico, em que a gente tenta ouvir da comunidade, todos os segmentos, em seus anseios e necessidades. Também queremos indicativos de falhas no documento em vigência para correção”, explica.

O Plano Diretor seguido hoje é de 2007. A intenção, com o novo documento, é contemplar não apenas a lacuna desses 12 anos que já se passaram, mas também pensar para o futuro. “É importante a participação de todos para que possamos criar esse plano de forma a atender e ter, de fato, o desenvolvimento sócio e econômico”, pondera.

REVISÃO – Como explica Fabrício Vergara, sócio da empresa ganhadora da licitação municipal para a revisão do Plano Diretor, essa fase de diagnóstico – de Análise Temática Integrada – é a segunda etapa do cronograma, que iniciou com a mobilização e audiência pública realizada em setembro.

As próximas etapas, segundo Vergara, serão a de Diretrizes e Proposições, que deve acontecer em fevereiro de 2020 e, na sequência, e etapa do Plano de Ação e Investimento, que é a institucionalização do Plano Diretor. Ele diz que a previsão é que até maio de 2020 esse novo documento seja apresentado.

“O grande desafio hoje é conseguir dialogar com todos os setores. A gente tem se proposto a conhecer primeiro, identificar suas necessidades e buscar, nas próximas etapas, ter propostas que possam atender os vários interesses que existem e, em Paranaguá, o setor portuário é importantíssimo nesse processo”, afirma.

COMPETITIVIDADE – De acordo com o representante da empresa responsável pelo trabalho, o novo documento deve dar o suporte à tomada de decisão dos empreendedores e investidores da região portuária. “É tornar Paranaguá mais competitiva no cenário nacional, buscando sempre conciliar esse desenvolvimento, através do equilíbrio entre as questões ambientais, econômicas e sociais”, explica Vergara.

Essa primeira reunião ocorreu no auditório da sede Administrativa da Portos do Paraná. Também participaram representantes do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), Interalli, Rocha, Cargill, União Vopak, Pasa, Bunge, Fortesolo, Centro-Sul/AGTL, Cotriguaçu, Cattalini e Associação dos Terminais do Corredor de Exportação de Paranaguá (Atexp).

Fonte: APPA

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