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Comércio internacional é condição para o desenvolvimento

O comércio internacional é determinante para o desenvolvimento dos países e foi o impulsor das ascensões econômicas mais vigorosas das últimas sete décadas no mundo. A ideia foi defendida nesta terça-feira (08/02) pelo economista brasileiro Marcos Troyjo, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), em webinar sobre o panorama do comércio internacional, promovido pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira.

Citando as dívidas dos mercados emergentes e a continuação da pandemia, o economista afirmou que há uma nuvem de incertezas no mundo neste começo de 2022, mas listou algumas certezas que podem servir de norte para quem lida com o mercado externo, entre elas o quão fundamental é a aposta no comércio internacional.

Troyjo ressaltou a importância dessa mensagem no contexto atual, em que há uma tendência protecionista ou “precaucionista”. O distanciamento dos acordos internacionais, o “ensimesmamento” dos países, a diminuição das redes de cooperação e de suprimento global e a substituição de importações são vistos pelo brasileiro como um grande risco, já que, segundo ele, a experiência mostra que o comércio exterior é trampolim para o desenvolvimento.

Outra certeza apresentada por Troyjo foi o crescimento da importância das economias emergentes no comércio internacional. Segundo ele, os países do G7 (sete economias mais maduras do mundo), que são Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá, tiveram em 2021 um PIB combinado de US$ 42 trilhões se levado em conta a Paridade do Poder de Compra (PPC). Já das sete maiores economias emergentes do mundo (E7), China, Índia, Rússia, Indonésia, Brasil, México e Turquia, o PIB pela PPC, é de US$ 53 trilhões.

Nesse panorama de economias em ascensão, Troyjo juntou os países árabes, que pela PPC têm PIB de US$ 5 trilhões. “É um mercado muitíssimo considerável, de grande volume, de grande robustez, de grande dinamismo e que, claro, vai afetar os fluxos de exportações e importações”, disse. Segundo ele, o Brasil exportou ao Egito, em 2021, mais do que vendeu para Austrália, Israel, Ucrânia e Nova Zelândia juntos. Ao Bahrein, mais que para a Noruega.

Fonte: Agência Anba

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