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Com venda para FAB e Portugal, KC-390 pode impulsionar Embraer

O cargueiro multimissão KC-390, maior avião feito pela Embraer, pode se tornar o mais importante projeto para impulsionar a Embraer após a venda da Aviação Comercial, ao lado dos novos jatos executivos Praetor 500 e 600, estrelas em ascensão.

O projeto do KC-390 surgiu há mais de 10 anos nas pranchetas dos engenheiros da Embraer e pretendia suprir a demanda da FAB (Força Aérea Brasileira) por uma aeronave que transportasse tropa, veículos e que fosse capaz de executar diferentes missões.

No início, segundo apurou OVALE, a Embraer cogitou usar a mesma plataforma do E190, mas optou por um projeto totalmente novo e inovador, que substituirá a frota da FAB de C-130 Hércules.

A Força Aérea encomendou 28 unidades do KC-390, num contrato de R$ 7,2 bilhões. Os aviões serão entregues até 2024.

ENTREGA.

A FAB confirmou nesta sexta-feira a OVALE que o primeiro KC-390 será entregue em solenidade no dia 4 de setembro, na Base Aérea de Anápolis, em Goiás.

O governo de Portugal já encomendou cinco unidades do cargueiro, tornando-se o primeiro cliente de exportação do novo avião.

O contrato significa a entrada da aeronave em operação na Europa e num país da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que possui 29 países membros. A venda para Portugal deve abrir importante mercado para o avião da Embraer.

Além disso, a Embraer formará uma joint venture com a Boeing para impulsionar as vendas do KC-390 nos mercados em que a companhia norte-americana atua.

“É do interesse da Embraer e da FAB que a Boeing nos ajude a vender o avião fora do Brasil, e acreditamos que eles podem alavancar as vendas do KC-390, com mais empregos no Brasil e resultado para a Embraer”, disse Daniel Moczydlower, vice-presidente de Engenharia e Tecnologia da Embraer.

Com Gripen, Embraer será receptora de tecnologia e mira exportação do caça

O projeto do caça supersônico Gripen, comprado pela FAB da fabricante sueca Saab, conta com transferência de tecnologia para empresas brasileiras, sendo a principal delas a Embraer.

Como se trata de um programa estratégico da área de defesa nacional, o Gripen não fará parte da transação comercial entre Boeing e Embraer, permanecendo um projeto exclusivo da fabricante brasileira com a companhia sueca.

O avião será finalizado e montado na unidade de Gavião Peixoto da Embraer, que pode se tornar um polo para exportação da nova aeronave.

“Embraer é o principal parceiro nacional [da Saab], o receptor da tecnologia e que fará a montagem dos aviões em Gavião Peixoto”, diz Daniel Moczydlower, da Embraer.

Fonte: O Vale

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