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China retoma importação de carne de frango do Brasil, mas mantém suspensão ao Rio Grande do Sul

A China liberou a retomada da importação de carne de frango do Brasil, à exceção de produtos avícolas provenientes ou originários do Rio Grande do Sul. O aval foi enviado em carta pela Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) à Embaixada do Brasil em Pequim, obtida pelo Estadão.

As exportações do frango brasileiro para a China estavam suspensas desde 17 de julho, após a confirmação de um caso da doença de Newcastle em um aviário comercial em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul, foco já encerrado. O protocolo acordado entre Brasil e China prevê a suspensão imediata e cautelar das emissões dos certificados de exportação, em casos de doença animal.

O governo brasileiro negociava a flexibilização do protocolo com a China desde o fim do foco da doença em 25 de julho. Com a liberação, 50 frigoríficos brasileiros estão autorizados a voltar a exportar produtos avícolas para a China.

Na carta, a GAAC revogou a suspensão voluntária das exportações de produtos avícolas de todos os Estados livres da doença de Newcastle e manteve a suspensão sobre as cargas provenientes do Rio Grande do Sul que foram embarcadas após 17 de julho (data de confirmação do foco de Newcastle).

Com isso, seguem suspensas exportações de produtos avícolas oito frigoríficos do Rio Grande do Sul, habilitados para a comercialização ao país. Agora, o governo brasileiro vai buscar a liberação também para os produtos avícolas provenientes do Rio Grande do Sul. O fim do foco da doença no Estado já foi comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e não há novos sintomas da doença em raio de 10 km de onde o caso foi constatado.

Tanto o mercado privado quanto o governo brasileiro aguardavam apreensivos o fim da suspensão pela China. O país asiático é o principal destino do frango brasileiro. No primeiro semestre deste ano, o Brasil exportou 276,1 mil toneladas de carne de frango para a China, com receita de US$ 600,9 milhões, com participação de 13% na receita e 11% no volume total embarcado, segundo os dados do Agrostat, sistema de estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasileiro.

Fonte: Estadão

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