China confirma sua posição como principal parceiro comercial do Brasil
O comércio entre Brasil e China ultrapassou o recorde de 2020 durante os primeiros nove meses deste ano, com o câmbio total chegando a US $ 100 bilhões. O comércio bilateral total em 2021 deve chegar a US $ 108 bilhões.
No período de janeiro / setembro, o superávit do Brasil no comércio com a China atingiu US $ 37.608 bilhões, ante US $ 37.010 bilhões de superávit acumulado em doze meses do ano passado. A participação da China no comércio geral do Brasil (exportações mais importações) é próxima a 65%, o que a torna a principal parceira do gigante sul-americano.
No entanto, a SECEX, secretaria de comércio exterior do Brasil, destaca a preocupação constante de que a parcela de produtos manufaturados enviada à China seja mínima e as exportações dependam fortemente de commodities básicas concentradas e praticamente sem valor agregado, como grãos, oleaginosas, minério de ferro e carnes diversas.
As exportações brasileiras para seu principal parceiro comercial aumentaram 7% em relação ao ano anterior e somaram US $ 67,788 bilhões. Neste ano, o crescimento foi mais robusto, levando as exportações ao patamar de US $ 71,618 bilhões. Consequentemente, a participação da China nas exportações brasileiras passou de 32,4% em 2020 para 34,1% nos primeiros nove meses deste ano.
Tudo isso embora a China ainda não tenha reabrido seu mercado para a carne bovina brasileira, que está suspenso há mais de seis semanas desde que foram registrados dois casos atípicos da vaca louca em Matto Grosso e em Minas Gerais, no início de setembro. O mercado chinês de carne bovina representou no ano passado cerca de US $ 4 bilhões e nos primeiros sete meses deste ano atingiu quase meio milhão de toneladas e US $ 2,5 bilhões.
Mesmo assim, a indústria frigorífica brasileira está preocupada que Pequim esteja demorando tanto para reabrir seu mercado. Especula-se que a China esteja forçando uma queda nos preços internacionais da carne bovina, já que acredita-se que ela continue sendo abastecida pelo chamado “canal cinza”, via Hong Kong e Vietnã.
Fonte: O Petróleo