Ceará é o terceiro estado que mais possui fonte da matriz elétrica eólica no Brasil, diz estudo
O vento passou a ser o segundo recurso mais utilizado no País para a geração de energia elétrica e já possui 15 gigawatt (GW) de capacidade instalada, onde 86% se encontra na região Nordeste. Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará são os três primeiros estados que fazem parte da distribuição desse montante com 153,151 e 79 parques eólicos, respectivamente. Os dados do levantamento foram divulgados nessa quinta, 11, pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).
“Enquanto a média mundial do fator de capacidade está em cerca de 25%, o Fator de Capacidade médio brasileiro em 2018 foi de 42%, sendo que, no Nordeste, durante a temporada de safra dos ventos, que vai de junho a novembro, é bastante comum parques atingirem fatores de capacidade que passam dos 80%”, comentou Elbia Gannoum, presidente executiva da Abeeólica.
De acordo com os dados divulgados pela associação, existem mais de 7 mil aerogeradores, em 601 parques eólicos, em 12 estados.
Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em 2018 foram gerados 48,4 Terawatt-hora (TWh) de energia elétrica, o que representou 8,6% de toda a produção injetada no Sistema Interligado Nacional no período. Em relação a 2017, foi registrado um crescimento de 14,6% no fornecimento de energia eólica, enquanto a geração como um todo aumentou 1,5% no mesmo período.
Recordes no Nordeste
No caso específico do Nordeste, segundo dados da Abeeólica, os recordes de atendimentos a carga já ultrapassam 70% em uma base diária, mas o dado mais recente de recorde é do dia 13 de novembro de 2018, um domingo às 9h11, quando toda a região foi atendida por energia eólica e ainda houve exportação dessa fonte, já que o volume de 8.920 MW atendeu 104% daquela demanda com 86% de fator de capacidade.
Nesta mesma data, além do recorde instantâneo, por um período de duas horas, o Nordeste foi abastecido em 100% por energia eólica. Vale mencionar também que, por diversos momentos, a região assume a figura de exportador de energia, uma realidade totalmente oposta ao histórico do submercado que é por natureza importador de energia.
Fonte: O Povo