BRF planeja forte expansão externa e árabes seguem no foco. A produtora brasileira de alimentos BRF divulgou nesta terça-feira (08) um plano ambicioso de expansão internacional e de direcionamento da produção a alimentos de maior valor agregado. Os mercados árabe e halal seguirão como foco e prioridade da companhia, segundo declarou o CEO Global da BRF, Lorival Luz, em coletiva de imprensa realizada pela internet.
O plano estratégico Visão 2030 prevê que até o final da próxima década a BRF alcance receita anual de R$ 100 bilhões e invista R$ 55 bilhões. Em 2019 a empresa teve receita líquida de R$ 33,4 bilhões e a expectativa é que supere R$ 35 bilhões em 2020. O CEO chamou o plano de “uma nova jornada” e disse que ele foi fruto de nove meses de pesquisas sobre as tendências do mercado e de mudanças de hábito de consumo.
Lorival informou que serão mantidos os investimentos já programados na Turquia e Arábia Saudita e que serão realizados novos investimentos em mercados de alto consumo da Europa, Ásia e Estados Unidos. A BRF anunciou em 2019 a construção de fábrica na Arábia Saudita e em maio de 2020 a compra de uma indústria local de processamento em Damman. No mundo árabe, companhia já tem unidade de processamento nos Emirados Árabes Unidos.
“O mercado árabe é um foco, uma prioridade para nós e continuará sendo nessa nova jornada”, disse Luz, segundo o qual a empresa já está produzindo alimentos na fábrica adquirida neste ano na Arábia Saudita. O vice-presidente de Mercado Internacional da BRF, Patricio Rohner, disse que o mercado árabe tem um apelo emocional para a empresa, que começou a exportar para lá pela Arábia Saudita na década de 1970. “Nosso foco é continuar crescendo nesses mercados”, disse Rohner aos jornalistas.
Os executivos informaram que a expansão nos mercados dos Estados Unidos, Europa e Ásia visará a produção local e será focada em alimentos de alto valor agregado. “Para essas geografias, América do Norte, Europa e Ásia, não é nosso objetivo replicar o modelo Brasil de verticalização e produção, dos animais até o produto final, o alimento processado”, disse Luz. A empresa quer se fortalecer mundo afora como produtora de alimento de valor agregado.
Fonte: ANBA
