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Brasil prevê foco em energia eólica, solar e gás, mas Covid pode afetar investimentos

As hidrelétricas praticamente não devem ter espaço na expansão do sistema elétrico do Brasil ao longo da próxima década, enquanto empreendimentos de novas fontes renováveis como parques eólicos e solares deverão dominar os investimentos, assim como térmicas a gás natural.

As projeções constam de versão preliminar do Plano Decenal de Energia 2030 (PDE), da estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE), submetido a processo de consulta pública pelo Ministério de Minas e Energia por 30 dias a partir desta segunda-feira.

Mas o documento, que traz um planejamento indicativo de longo prazo dos investimentos em energia, sinaliza que tanto os aportes em novas usinas quanto em linhas e subestações podem ser significativamente impactados pela pandemia de coronavírus, principalmente em caso de uma segunda onda de contágios.

O cenário mais otimista do chamado “PDE” prevê que a carga de energia no sistema elétrico do Brasil poderia superar 100 gigawatts médios em 2030.

Em um cenário de crise sanitária mais intensa e prolongada, no entanto, com segunda onda de Covid-19, a carga ao final do horizonte seria de 84,4 gigawatts médios. O cenário básico, de referência, aponta para expansão até 93,8 gigawatts médios.

No setor de transmissão de energia, o PDE apontava inicialmente para investimento total de 108,7 bilhões de reais em dez anos, reduzido para 89,6 bilhões no cenário de referência após a pandemia. Em uma visão pessimista, os aportes poderiam cair para 59,2 bilhões de reais.

Em geração, o cenário otimista projeta crescimento de 55 gigawatts na capacidade instalada do Brasil até 2030, enquanto o mais negativo aponta para apenas 11 gigawatts adicionais.

 

 

 

Fonte: Reuters

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