Banco UBS prevê que a economia da China crescerá 8,2% em 2021
Só o consumo deve aumentar 10% em 2021 puxado pelos serviços ao consumidor, como alimentação e viagens, dizem economistas do banco. O UBS prevê que a economia da China crescerá 8,2% no próximo ano com a recuperação do consumo doméstico após o impacto da pandemia e contínuo aumento das exportações. Segundo o banco, isso deve permitir que o governo de Pequim renove o foco na redução de dívidas de risco.
O consumo deve aumentar 10% em 2021 puxado pelos serviços ao consumidor, como alimentação e viagens, disseram economistas do banco na quarta-feira em relatório. O UBS projeta aumento entre 11% e 12% das exportações em um cenário de distribuição de vacinas contra o coronavírus e retomada da atividade econômica global, acrescentaram.
Com o crescimento mais rápido na China, autoridades em Pequim devem retomar tentativas de estabilizar os níveis gerais de dívida na segunda maior economia do mundo. Essa perspectiva aumenta o risco de volatilidade de curto prazo, pois empresas enfrentariam maiores pressões de financiamento, de acordo com o UBS. Neste ano, pagamentos não efetuados de dívida somam 100 bilhões de iuanes (15,2 bilhões de dólares), com recentes defaults inesperados de uma série de estatais, o que aumenta o estresse nos mercados de dívida.
Com o esperado aperto das condições de financiamento para empresas e a redução dos déficits do governo, a relação dívida/PIB deve cair 2% em 2021, após aumento de 25% neste ano, disse o UBS. No entanto, “há risco de uma retirada turbulenta das políticas e eventos de crédito”, escreveram os economistas, observando que defaults e empréstimos duvidosos podem aumentar.
Na terça-feira, 24, o premier chinês Li Keqiang disse que a China deve retornar a uma faixa “adequada” de desenvolvimento econômico no próximo ano, sem dar uma previsão. Ángel Gurria, secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), disse na mesma conferência que a economia da China pode se expandir cerca de 8% em 2021. O número é semelhante à previsão mediana de 8,1% de economistas consultados pela Bloomberg.
Fonte: Bloomberg