ApexBrasil estimula presença feminina nas exportações
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) quer que mais empresas lideradas por mulheres comecem a exportar. Em 2022, somente 343 das quatro mil empresas exportadoras brasileiras eram lideradas por mulheres. Um dos objetivos do programa Mulheres e Negócios Internacionais, lançado pela agência no começo de junho, é que até o final de 2024, sejam mil empresas.
Ana Repezza (foto), diretora de Negócios da ApexBrasil, falou à ANBA em Brasília. Ela tomou posse em 09 de janeiro e percebeu que oito dos dez gerentes da entidade são
A meta até 2026 é chegar a 50% de empresas exportadoras lideradas por mulheres, sejam elas proprietárias ou diretoras. A ApexBrasil tem 14 mil empresas apoiadas em sua base de dados. Menos de três mil são lideradas por mulheres (dados de 2022). O programa tem expectativa de resultado de médio a longo prazo, segundo a diretora, porque para começar a exportar, uma empresa leva em média de dois a três anos.
Na média mundial, 20% das empresas exportadoras são lideradas por mulheres. No Brasil, são 14%, em média, e apenas 5% das startups são lideradas por mulheres no País.
Hoje a ApexBrasil já conta com 20 parceiros no programa. Entre eles estão o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), sob a liderança da secretária de Comércio Exterior Tatiana Prazeres; o Ministério das Mulheres, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE); do setor privado, a Rede Mulher Empreendedora, o Sebrae, as redes de mulheres Women Inside Trade e Mulheres no Comex, entre outros.
Uma análise do Banco Mundial indicou que empresas que exportam geram melhores empregos e pagam melhores salários. “Quando você coloca mulheres nessa equação, o impacto desse aumento de salário é bem maior, porque geralmente essa mulher vem de uma base salarial inferior. Quando ela entra no esforço exportador, e quando mulheres têm acesso a mais renda, elas investem em educação e na alimentação dos filhos, principalmente as de baixa renda, o que gera um impacto intergeracional, permitindo que a geração futura tenha melhores condições”, contou a diretora Ana Repezza.