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Alstom inicia a incorporação da Bombardier no Brasil

A Alstom iniciou há poucos dias o processo de incorporação da estrutura da Bombardier no Brasil, após a conclusão da aquisição da divisão de transportes da empresa canadense, anunciada no fim de janeiro.

O processo de fusão, que está sendo realizado simultaneamente em diversos países, começou no Brasil com a integração de 135 funcionários da Bombardier, incluindo a fábrica de Hortolândia (SP) e a parte administrativa. As duas empresas se unirão a partir de agora sob uma marca única, que será Alstom, e contarão com uma total de 935 profissionais no Brasil.

A unidade da Bombardier em Hortolândia foi concebida em 2012 para a produção de monotrilhos para a Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo. No total foram entregues 27 trens, mas ainda há um saldo em contrato de 19 unidades que dependem de negociações com o governo de São Paulo para começarem a ser produzidas. No momento, a fábrica da Bombardier está sem encomendas de material rodante, realizando apenas serviços de manutenção, como do sistema de sinalização CBTC da Linha 5-Lilás do Metrô de SP, operado pela ViaMobilidade.

Já a fábrica da Alstom em Taubaté (SP) conta com três encomendas engatilhadas: 22 trens de seis carros para a Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo; 35 trens de quatro carros para o metrô de Taipei, em Taiwan; e 13 trens de seis carros para o metrô de Bucareste, na Romênia. Ainda não se cogita, segundo Bercaire, a transferência de algumas dessas encomendas para a fábrica de Hortolândia.

O diretor geral da Alstom no Brasil e vice-presidente Jurídico e de Compliance na América Latina, Pierre-Emmanuel Bercaire, reconhece que a aquisição da divisão de transportes da Bombardier gera um processo complexo de incorporação em nível mundial, já que envolve um total de 75 mil funcionários em 70 países.

A incorporação não deverá levar meses e, sim, anos até ser concluída como esperamos. Somos agora a segunda maior empresa de mobilidade do mundo (a primeira é a chinesa CRRC) e temos um time de 17 mil engenheiros. Ganhamos competitividade e um portfólio maior de produtos, além da capacidade de aprimorar a nossa área de pesquisa e desenvolvimento.

 

 

 

Fonte: Revista Ferroviária

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