Highlights

Alta do dólar é favorável para negócios na região de Ribeirão

Além do pânico causado pelo novo coronavírus (Covid-19) em relação a saúde pública, o aumento de casos suspeitos da doença ocasionou a disparada histórica do dólar e afetou negativamente transações em diversos setores brasileiros. O agronegócio, porém, não é um deles.

Na região de Ribeirão Preto, onde a pecuária e a produção de algodão, soja e suco da laranja são muito expressivas, o crescimento do faturamento tornou-se uma realidade nos últimos meses para quem exporta esses produtos. A vantagem, inclusive, pode durar até o início de maio [entenda mais abaixo].

De acordo com o economista e consultor financeiro José Rita Moreira, a volatilidade da moeda norte americana, cotada nesta terça-feira (3) a R$ 4,48, tem estimulado grandes produtores do entorno a fecharem contratos anuais pré-fixados. Isto é, com o câmbio travado no valor atual e válido para tudo o que for fornecido aos Países importadores nos próximos meses.

“Neste tipo de negócio, não importa o que vai acontecer daqui pra frente: as mercadorias serão fornecidas sempre com base no preço do dia em que o tratado foi fechado. A outra opção são os processos de exportação pós-fixados, que giram conforme a cotação”, explica. Ainda assim, o cenário é positivo.

O especialista reforça que aqueles que lidaram com negociações pós-fixadas no passado também estão desfrutando da alta do dólar. “Só perdeu quem travou a cotação lá atrás”.

Mais aumentos

Os ganhos no agronegócio, apesar de inesperados, são atípicos e não condizem com a maior parte do atual cenário econômico do Brasil.

O turismo, por exemplo, foi diretamente afetado pelo surto de casos suspeitos do novo coronavírus.

Na semana passada, o Ministério da Saúde chegou a “desaconselhar” viagens para a China e Itália. O motivo é a classificação de ambos os territórios, divulgada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), como áreas de transmissão da doença. Ações da bolsa de valores também sofreram os impactos.

Contudo, o alarde deve ser momentâneo. Ao ACidade ON, Moreira diz acreditar que o barulho causado por conta da alastramento do vírus pelo mundo pode ser temporário – e não é diferente de outros surtos já conhecidos nos Países tropicais, como o da dengue, zika e chikungunya.

“Eu acho que estamos começando a ver uma acomodação [do Covid-19] na China. Isso diminuirá o pavor entre as pessoas. Em março, ainda teremos instabilidades. Já em abril, acredito que o processo de reversão na alta do dólar deva começar. Enquanto isso, pode chegar perto, mas não baterá os R$ 5. A menos que surja algo extraordinário”, finaliza o economista.

Fonte: A Cidade ON

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo