Agência de Proteção Ambiental dos EUA quer mudar forma como define cotas de biocombustíveis
A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês) disse que irá propor mudanças na forma como define as cotas de biocombustíveis que as refinarias de petróleo do país devem misturar à gasolina e ao diesel.
A agência está fazendo uma consulta pública para projetar as isenções no ano que vem, tendo como base as práticas dos últimos três anos. O objetivo da consulta pública é ajustar seus cálculos. A EPA esclareceu que não quer ajustar a meta para o uso de combustíveis renováveis em 2020 e 2021, mas apenas propor ajustes na forma como faz isso ano a ano. A audiência ocorrerá no próximo dia 30 e será seguida de um período de 30 dias para a submissão de comentários. A mudança será concluída no fim do ano.
A agência disse, em comunicado à imprensa, que busca “maximizar o uso de combustíveis renováveis e também fornecer um alívio às pequenas refinarias que demonstrarem necessidade disso”. A EPA adiantou que pretende conceder isenções parciais no futuro apenas a algumas refinarias, diferentemente do que faz hoje.
A Associação de Combustíveis Renováveis (RFA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, entidade que representa as usinas de etanol do país, classificou a proposta complementar de hoje como “um passo para trás”.
“A EPA não está cumprindo o compromisso do presidente Trump de restaurar a integridade do Padrão de Combustíveis Renováveis (RFS) e está deixando os agricultores, produtores de etanol e consumidores com mais perguntas do que respostas”, afirmou.
Geoff Cooper, presidente da associação, destacou que o RFS requer que sejam misturados 15 bilhões de galões de combustíveis renováveis a cada ano desde 2015. Apesar disso, com a dispensa da obrigação das refinarias, o volume real imposto pela EPA vem ficando aquém do requisito. Em 2018, o volume ficou em 13,89 bilhões de galões.
Fonte: SCA