Oil & Gas

Agência de Energia Atômica vai analisar pedido de produção de combustível para o submarino nuclear brasileiro

O Brasil iniciou as conversações com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) com o objetivo de permitir o uso de combustível nuclear no primeiro submarino movido por energia atômica do país. O projeto será construído em Itaguaí (RJ), nas dependências da Marinha, e também na NUCLEP. Os outros submarinos da Classe Riachuelo, movidos a diesel, comprado aos franceses, já estão em pleno desenvolvimento.

Há dois prontos (Riachuelo e Humaitá) e outros dois ainda em construção (Tonelero e Angostura). O chefe da agência da ONU, Rafael Grossi, já tomou conhecimento das reivindicações brasileiras. O Brasil planeja um submarino de propulsão nuclear sob um contrato com a empresa de defesa francesa Naval Group. A unidade será batizada de SN Álvaro Alberto (SN-BR).

Até agora, nenhuma parte do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, como o Brasil, adquiriu um submarino nuclear, além dos cinco membros permanentes (P5) do Conselho de Segurança da ONU, também conhecidos como Estados com armas nucleares: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido. Os submarinos movidos a energia nuclear, que podem permanecer submersos e no mar por muito mais tempo do que outros submarinos, representam um desafio particular de proliferação, porque operam fora do alcance dos inspetores da AIEA.

“Outro desenvolvimento importante está relacionado à comunicação formal do Brasil para iniciar discussões com a Secretaria da (AIEA) sobre um arranjo de Procedimentos Especiais para o uso de material nuclear sob salvaguardas na propulsão nuclear e na operação de submarinos e protótipos”, disse Grossi em declaração para uma reunião trimestral do Conselho de Governadores da AIEA.

A medida segue um movimento semelhante no ano passado pelos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, conhecidos como Aukus, em planos para a Austrália de adquirir submarinos nucleares. Austrália e Brasil não têm armas nucleares. O único país fora do chamado P5 a ter um submarino nuclear é a Índia. Possui armas nucleares, mas não é signatária do TNP e, portanto, não está sujeita a verificações e inspeções abrangentes da AIEA. “Mais reuniões estão agendadas para os próximos meses e pretendo apresentar um relatório ao Conselho de Setembro. Gostaria de expressar minha satisfação com o engajamento e transparência demonstrados pelos três países até agora“, finalizou Grossi.

 

 

 

Fonte: Petro Notícias

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo