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Acordo Mercosul-Egito tem potencial a explorar

Quase oito anos após entrar em vigor, o acordo de livre comércio entre o Mercosul e o Egito levou a uma ampliação nas trocas comerciais entre os países do bloco e a nação do Norte da África, mas ainda não explorou todo o potencial previsto. Os setores que podem desfrutar deste crescimento e os desafios que ainda persistem foram alguns dos temas do “Café da manhã com associados – oportunidades de negócios com o acordo em vigor Mercosul – Egito”, organizado pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira, na sede da instituição, em São Paulo.

No evento, o cônsul comercial do Egito em São Paulo, Islam A. Taha, afirmou que o acordo incentivou o fortalecimento do intercâmbio comercial “em todas as áreas”, com aumento dos volumes negociados entre Egito e Mercosul. O bloco de livre comércio é formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia, e o acordo entrou em vigor em setembro de 2017.

Dentro do bloco, o Brasil é o principal parceiro comercial do Egito. Segundo os dados apresentados pelo cônsul, em 2023, o Brasil exportou US$ 2,3 bilhões ao Egito e importou US$ 490 milhões. Como comparação, em 2017, o Egito exportou US$ 155 milhões ao Brasil. Mesmo com esse incremento na corrente de comércio, Taha afirmou que há desafios que precisam ser superados para que essa parceria cresça para além das trocas comerciais e beneficie os investimentos.

Entre os desafios para os negócios, ele citou barreiras alfandegárias, burocracia no desembaraço de mercadorias, restrições que países impõem a importações de produtos para proteger suas indústrias, falta de conhecimento mútuo entre empresas e a falta de linhas aéreas e de navegação entre os países do Mercosul, especialmente o Brasil e o Egito. A embaixada do Egito em Brasília, disse Taha, está tentando estabelecer uma linha aérea direta entre os dois países.

Fonte: Agência Anba

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