A receita do ministro Tarcísio Gomes para resolver a infraestrutura
Fundir agências reguladoras, integrar modais de transporte, usar todos os braços que estejam ao alcance e privilegiar a iniciativa privada.
Estas são as diretrizes que Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura do governo de Jair Bolsonaro, delineou durante um evento do Credit Suisse para investidores em São Paulo.
Ele promete um ministério veloz, integrado e que atue em “perfeita harmonia” com o Programa de Parceria em Investimentos (PPI).
Tarcísio, que também é capitão do Exército, foi secretário de Coordenação de Projetos do PPI no governo Michel Temer, quando a estrutura foi criada para acelerar concessões e desestatizações e fazer a interlocução com o setor privado.
“Governo nenhum dá solução para problema; eles são facilitadores. Quem vai dar a solução é a iniciativa privada”, diz Tarcísio.
Entre os projetos mais avançados de infraestrutura ele cita a concessão de 12 aeroportos, já em março, além de quatro terminais portuários e a ferrovia Norte-Sul.
Ele também listou para um futuro próximo a ferrovia Leste-Oeste e audiências públicas para novas concessões rodoviárias, assim como a concessão da Nova Dutra já incorporando novas ferramentas tecnológicas como a cobrança por quilômetro rodado.
Braços da infraestrutura
O ministro diz que pretende “usar todos os braços de estruturação ao alcance” da área citando o BNDES, a Caixa e o Banco Mundial, assim como a EPL (Empresa de Planejamento em Logística)
Inicialmente criada para coordenar o projeto do trem-bala, a EPL foi criticada na campanha como símbolo do excesso de estatais no Brasil: “Tem que acabar? Talvez, mas não agora”, diz o ministro.
Por enquanto, a diretoria da EPL será direcionada a duas missões: planejamento de longo prazo e integração entre os diferentes modais de transporte com estruturação de projetos.
Fonte: Portal Exame