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Brado deixa de emitir 37 mil toneladas de CO2 em safra de algodão

Projeto de desenvolvido pela empresa é finalista da categoria “ESG” do Prêmio BBM 2023, realizado pela MundoLogística em parceria com a BBM Logística.

Para atender a crescente demanda no mercado de pluma de algodão, a Brado desenvolveu o projeto denominado Pluma 22. Abrangendo nove áreas e, em um período de sete meses, a empresa mapeou e implementou 170 ações em frentes que incluem produtividade, planejamento, automação, sistemas de tecnologia da informação e padronização.

O projeto, finalista da categoria “ESG” do Prêmio BBM 2023, realizado pela MundoLogística em parceria com a BBM Logística, teve como objetivo contribuir para a promoção da sustentabilidade do algodão brasileiro. Além de reduzir as emissões de gases de efeito estufa na etapa do transporte, além de outros benefícios ambientais e econômicos.

Segundo a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), o algodão brasileiro ostenta o maior volume certificado por programas de sustentabilidade no mundo.

“Nosso investimento foi fundamental para crescermos nesse mercado, oferecendo uma solução ambientalmente mais limpa, mais segura e que garante maior qualidade do produto”, afirmou Marcelo Saraiva, CEO da Brado.

EXPANSÃO DO TERMINAL

A solução adotada pela Brado envolveu uma expansão no terminal exclusivo para a movimentação do algodão em Rondonópolis, Mato Grosso. Desde o início das operações em 2018, a empresa investiu aproximadamente R$ 30 milhões no terminal, excluindo o material rodante.

A expansão incluiu a instalação de três pontes rolantes para descarregar os caminhões, garantindo a qualidade dos fardos e aumentando a capacidade para atender novos clientes.

Segundo a companhia, as pontes rolantes, normalmente utilizadas na movimentação de fardos de palha ou celulose, foram adaptadas para atender aos fardos de algodão. Além disso, a ampliação do terminal incorporou uma ferramenta de agendamento de cargas baseada em geolocalização, permitindo que os clientes agendem a entrega com antecedência e acompanhem em tempo real a localização de seus caminhões.

O sistema permite aos motoristas aguardarem o horário de atendimento nas proximidades do terminal, sem a necessidade de esperar em filas ou se apresentar na portaria. Durante esse pré-check-in, o sistema realiza a conferência da documentação da carga, e o acesso é concedido através da biometria facial, com abertura automática da cancela.

Com a expansão, o terminal ganhou 1.800 metros quadrados de área dedicada exclusivamente à descarga de caminhões, totalizando 8.210 metros quadrados de área útil e 14 docas para carregar contêineres simultaneamente. A empresa também substituiu cinco empilhadeiras a diesel por elétricas, reduzindo as emissões e o ruído, o que melhorou o ambiente de trabalho para os colaboradores.

De acordo com a Brado, os resultados alcançados foram notáveis. A ampliação dobrou a capacidade do terminal, permitindo a chegada de 50 caminhões por dia e a estufagem de 99 contêineres por dia. Isso representa uma capacidade anual de cerca de 30 mil contêineres ou 760 mil toneladas de pluma de algodão.

Além disso, a mudança para o transporte ferroviário na última safra deixou de emitir cerca de 37 mil toneladas de CO2, equivalentes às emissões anuais de mais de 8 mil veículos. A Brado fornece aos clientes uma calculadora de emissões de CO2, chamada Green Log, que usa metodologias reconhecidas internacionalmente e é auditada pelo INMETRO.

Outro resultado foi a criação de oportunidades de emprego para mulheres. O projeto permitiu que o número de mulheres na equipe aumentasse significativamente, passando de 11% dos colaboradores em junho de 2019 para 24,5% em maio de 2023.

“O projeto Pluma 22 da Brado destaca-se como uma inovação no transporte multimodal, oferecendo benefícios significativos, como maior segurança nas estradas, qualidade de vida aprimorada para os caminhoneiros, segurança das cargas, regularidade nas operações e maior competitividade, com economias de até 20% em comparação com o transporte exclusivamente rodoviário”, afirmou a companhia.

 

 

 

Fonte: Mundo Logística