Um navio do Greenpeace Internacional que tem sido o rosto da proteção ambiental e missões humanitárias em todo o mundo foi aposentado após duas décadas de serviço.
Como uma organização focada em questões ambientais, o Greenpeace disse que concluiu que seu maior navio, o “Esperanza”, não se alinha à sua missão devido à sua grande pegada de carbono.
“À medida que o mundo muda, as operações marítimas do Greenpeace também devem mudar. O “Esperanza”, mesmo com seu acionamento elétrico, tinha uma pegada de carbono muito maior do que outras embarcações do Greenpeace e, apesar dos esforços constantes de tripulantes, técnicos, voluntários e apoiadores dedicados para aprimorar e melhorar as características técnicas do navio, sua biologia fundamental não permite ser consistente com a visão do Greenpeace para um futuro de zero carbono”, disse o Greenpeace em um blog.
A ONG disse que quer liderar as emissões de carbono, encontrando recursos marítimos mais flexíveis e locais. O “Esperanza” chegou à sua última parada no Porto de Gijón, na Espanha, onde será aposentado antes de ser reciclado de forma responsável.
Construído em 1984 em Gdansk, na Polônia, como navio de combate a incêndios da Marinha Soviética, o “Esperanza” (ex-“Echo Fighter”) foi adquirido pelo Greenpeace em 2000. Ao longo dos anos, realizou operações de caça à baleia, transporte nuclear e pesca ilegal, entre outras missões . Em suas duas décadas de serviço.
O navio também realizou missões humanitárias, incluindo a entrega de ajuda e ajuda humanitária no Haiti após o devastador terremoto de 2010 e nas Filipinas após o tufão Bopha de 2012.
Com uma velocidade máxima de 16 nós, o “Esperanza” era o navio mais rápido da frota do Greenpeace e era frequentemente usado para perseguir navios suspeitos de alta velocidade. Sua classificação na classe de gelo também significava que ela tinha a capacidade de trabalhar nas águas da Antártida e do Ártico.
Fonte: Portos e Navios
