Exportação de frango do Brasil deve avançar mesmo com pandemia
Empresas projetam uma alta de 3% a 5% nos embarques de carne de frango, para 4,45 milhões de toneladas, diz ABPA.
As empresas do setor de carnes do Brasil devem aumentar produção e exportações neste ano, uma vez que as vendas para a China continuam superando as expectativas e a pandemia do novo coronavírus não fui suficiente para deter os processadores locais de alimentos, disse nesta quarta-feira (15) a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).
As companhias do país, que mantiveram a produção em ritmo virtualmente normal mesmo com o fechamento de algumas fábricas em função de surtos da covid-19, projetam uma alta de até 33% nas exportações de carne suína neste ano, para 1 milhão de toneladas, e um avanço de 3% a 5% nos embarques de carne de frango, para 4,45 milhões de toneladas, afirmou a ABPA em entrevista online.
Para dar suporte ao nível projetado, a produção de carne suína do Brasil pode aumentar em até 6,5% em 2020, atingindo um potencial de 4,25 milhões de toneladas, enquanto a produção de carne de frango tem crescimento estimado em 4%, para 13,8 milhões de toneladas.
No primeiro semestre, a China importou quase 600 mil toneladas das duas proteínas do Brasil, já que os portos do país sul-americano quase não sofreram interrupções durante a crise de saúde da Covid-19, facilitando os fluxos de embarque.
O Brasil tem 64 fábricas aprovadas para vender carne de frango e porco à China, mas recentemente quatro unidades no Rio Grande do Sul foram proibidas de exportar ao país asiático por causa dos surtos de coronavírus entre os trabalhadores.
Segundo a ABPA, o governo brasileiro está trabalhando neste momento para reverter as proibições. Além disso, a associação também disse que o setor contratou cerca de 20 mil pessoas desde o início da pandemia, ao descrever medidas adotadas para conter a escassez de mão de obra e obstáculos à produção.
Fonte: Reuters