Governo quer leiloar 22 aeroportos até março de 2021, afirma ministro
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou nesta quarta-feira (15) que o governo federal pretende leiloar 22 aeroportos até o fim do primeiro trimestre de 2021.
“Já temos valores previamente levantado e aguardamos mais clareza sobre os efeitos da pandemia. A crise não pode ser motivo para sanar feridas que já vinham há muito tempo. Vamos colocar tudo na mesa e fazer esses reequilíbrios”, explicou o ministro durante a Expert XP 2020.
“Quase todo mundo recolheu os seus projetos de aeroportos, o que nos torna praticamente fornecedores exclusivos”, avaliou Freitas ao comentar as possíveis críticas ao processo de licitação logo após a pandemia do novo coronavírus.
Ao todo, o ministro destacou que o governo tem 40 projetos em processo de análise no TCU (Tribunal de Contas da União). “Isso representa R$ 40 bilhões em contratos que estão aptos para serem publicados em edital assim que houver a aprovação. […] Assim que o TCU autorizar, vamos publicar o edital e levar para leilão”, pontuou ele.
Apesar de a maior parte dos projetos terem que ficar para 2021, Freitas avalia que os investidores “continuam animados” para fazer seus investimentos no Brasil. No próximo dia 8 de agostos, ele destacou a realização dos leilões de dois terminais de celulose e um de GNL (Gás Natural Liquefeito).
O ministro avaliou ainda que o Brasil tem “todos elementos para fazer com que essas concessões deem muito certo” e aproveitou para convidar potenciais investidores. “Venha para o Brasil e você não vai se arrepender”, completou Freitas. Ele ressaltou ainda que “está cheio de vontade de bater martelo na Bolsa de Valores”, gestou comum no momento em que os leilões são finalizados.
Pandemia
Ao comentar a respeito dos impactos da pandemia do novo coronavírus no ambiente de infraestrutura do Brasil, o ministro contou que houve uma “determinação firme” do presidente Jair Bolsonaro para garantir o andamento da logística. “Isso foi fundamental para enfrentar a crise”, avaliou.
“No final das contas, a logística funcionou. Tivemos transporte e não faltou o gás de cozinha, os insumos médicos e nem os alimentos nas prateleiras”, comemorou ele.
Freitas destacou que o setor portuário “quebrou todos os recordes de exportação” e o ferroviário “também se comportou muito bem”. Agora, ele observa uma retomada forte do segmento rodoviário e aguarda para uma recuperação mais lenta do ramo aeroportuário. “Vamos tomar todas iniciativas para que essa recuperação também comece a ocorrer.”
Fonte: R7