DNIT recebe representantes do Ministério da Construção e Obras Públicas de Angola
Os engenheiros Manuel José Molares D’Abril, Secretário de Estado do Ministério da Construção e Obras Públicas de Angola e Celso Tavares Martin, Chefe do Departamento de Conservação do Instituto de Estradas de Angola participaram de um encontro com o Diretor Executivo do DNIT, André Kuhn. Os angolanos vieram ao Departamento conhecer a experiência brasileira sobre questões relativas à construção e conservação de rodovias.
Manuel José explicou que Angola vê a experiência brasileira como fundamental, pois os dois países têm características muito semelhantes, segundo o secretário angolano.
O Diretor Executivo do DNIT disse aos visitantes como é a atuação da Autarquia na sede e nas Superintendências Regionais. Kuhn falou também à comitiva angola que o Departamento possui 55 mil km de rodovias federais por administração direta e que o DNIT tem hoje obras de duplicação, de adaptação e de restauração rodoviária, que são realizadas pela autarquia com orçamento muito limitado.
O diretor falou ainda aos angolanos como acontece todo o controle fiscalizador que o DNIT recebe do Tribunal de Contas da União, da Controladoria-Geral da União, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. E ainda, que órgão recebe uma grande fiscalização do IBAMA sobre as questões ambientais. O diretor citou que as obras de infraestrutura, em muitos casos, causam impacto no meio ambiente e o DNIT precisa amenizar este impacto e gerar ações mitigadoras.
Kuhn mostrou à comitiva uma ação realizada pelo DNIT para atender uma condicionante ambiental, um trabalho de artesanato feito por indígenas na BR-116/RS. Ele explicou aos visitantes que, por conta de um trabalho que causou influência nas reservas indígenas locais, o DNIT decidiu investir neste trabalho para compensar a execução de uma obra rodoviária. Foi uma iniciativa da autarquia como forma de atenuar esse dano.
O diretor também falou à comitiva angolana sobre a importância da necessidade de manutenção preventiva. “As pessoas só sentem a necessidade quando algum problema acontece, só que se o DNIT for investir em manutenção quando chega uma situação crítica, o custo é muito maior. Temos que atuar de forma preventiva, porque se o tempo passar, uma manutenção preventiva não irá mais funcionar. Será necessária uma restauração que é muito mais caro”, disse o diretor durante a reunião.
E falando em diagnóstico, o diretor também contou aos angolanos sobre a participação da autarquia no IRAP – Programa de Avaliação de Rodovias do International Road Assessment Programme, cujo objetivo é identificar as vias de mais alta periculosidade no país, possibilitando a priorização de intervenções para redução dos riscos.
André falou ainda sobre a importância da elaboração de projetos e citou a metodologia BIM – Building Information Modelling – Modelagem da Informação da Construção. O diretor disse aos engenheiros visitantes que o DNIT utiliza esse processo integrado para criar, usar e atualizar um modelo digital de uma construção, que pode ser usado por todos os participantes do empreendimento, potencialmente durante todo o ciclo de vida da construção.
Participaram ainda do encontro os engenheiros consultores de Angola Diógenes Soares, Janilson Araújo, Paulo Machado e Frederico Keller.
Fonte: DNIT