Rússia reduz em 6% envio de petróleo por rede de oleodutos Transneft em maio, dizem fontes
Os envios de petróleo pela Rússia pela rede de oleodutos Transneft caiu cerca de 6% entre 1° de maio e 12 de maio quando na comparação com a média de abril, disseram duas fontes com conhecimento do assunto nesta segunda-feira.
As fontes disseram que o volume de petróleo enviado pela rede da Transneft, que carrega cerca de 85 por cento da produção de petróleo russa, foi de cerca de 8,8 milhões de barris por dia (bpd) no período de 12 dias, citando dados que incluem volumes exportados e utilizados domesticamente.
As fontes não disseram se a queda foi devido a um problema com contaminação de petróleo no mês passado, que interrompeu envios através do oleoduto de Druzhba para refinarias no leste europeu e até a Alemanha.
Ao menos 5 milhões de toneladas de petróleo, ou cerca de 36,7 milhões de barris, foram infectados com cloreto orgânico, um composto utilizado para impulsionar a produção que precisa ser removido antes que ele seja enviado às refinarias para evitar danos a equipamentos.
A Transneft propôs misturar petróleo contaminado com petróleo limpo no porto de Novorossiisk, no Mar Negro, que inicialmente não foi afetado pelo problema, para que o produto pudesse ser vendido, após alguns traders internacionais terem recusado receber petróleo contaminado.
Fontes da indústria disseram em separado nesta segunda-feira que os nívels de cloreto orgânico no petróleo embarcado a partir de Novorossiisk começaram a subir no início de maio, mas seguiram em linha com um limite normativo de 10 partes por milhão (ppm).
Autoridades russas e a Transneft prometeram resolver o problema de contaminação até 6 de maio, mas depois a data foi adiada.
A produção total de petróleo da Rússia também caiu, para 11,16 milhões de bpd de 1 de maio a 12 de maio, contra uma média de 11,23 milhões de bpd em abril, disseram as fontes. Este é o menor nível de produção desde os 11,06 milhões de bpd de junho.
O Ministério da Energia da Rússia não respondeu imediatamente a um pedido da Reuters para comentários.
Fonte: Reuters