Montadoras brasileiras pretendem rever acordo com o México
As montadoras brasileiras vão formalizar um pedido para que o acordo de livre comércio de veículos com o México seja revertido e que volte a ser adotado o sistema de cotas livres de impostos.
Pelo acordo, os dois países passaram a ter livre comércio a partir do dia 19 de março, com a exigência de que os carros produzidos no México e exportados ao mercado brasileiro tenham 40% de peças produzidas localmente, e vice-versa. Antes, o comércio tinha um sistema de cotas e a exigência de conteúdo local era menor, de até 35%.
O país importa grande parte dos componentes usados na produção dos veículos – especialmente dos Estados Unidos, para onde exporta a maioria dos automóveis que produz. Por conta disso, a associação que representa as montadoras do México (Amia) entrou em contato com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para tentar convencer os dois governos a reverem as condições anteriores da parceria comercial em vigor desde 2002.
Se os dois governos concordarem em retomar a exigência de conteúdo ao nível de 35%, estariam reduzindo uma barreira para a exportação de veículos mexicanos para o Brasil. Para compensar essa “abertura”, o livre comércio seria revertido, com o retorno do sistema de cotas.
Fonte: Estadão Conteúdo