Conheça Jennyfer Tsai: a primeira mulher na direção da Codesp
Os direitos estão mais iguais no Porto de Santos. No dia 15 de fevereiro, a engenheira Jennyfer Tsai, de 33 anos, foi nomeada diretora de Engenharia da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), algo que seria comum, mas chama atenção por ser a primeira mulher a ocupar um cargo de gestão na autoridade portuária.
A conquista do espaço, até então ocupado por homens, tende a ser celebrada. Porém, ela ressalta que há muito trabalho pela frente e encara a ascensão das profissionais de forma natural.
“Hoje, cerca de 13% das nossas funcionárias são mulheres e 18% estão em cargos de liderança. Tem sido natural, a Autoridade Portuária identificar os talentos internos, e as mulheres que estão aqui têm muito talento”.
Sem distinção
Jennyfer destaca que a diversidade e pluralidade só enriquecem discussões. “Ter pessoas que vivenciaram diferentes situações ao longo da vida é uma tendência, algo que beneficia nas estratégias das corporações”.
Ação
Há menos de um mês como diretora de Engenharia da Codesp, Jennyfer diz ter notado o que pode melhorar. “Vi que falta um alinhamento entre as áreas do Porto e as diretorias. Essa gestão vem para resolver isso”.
Segundo ela, a atual estrutura é muito inchada. “Precisamos buscar maximizar os resultados dos nossos negócios e reduzir os custos”.
A atual gestão tem como diretriz e meta – alinhada com o Ministério de Infraestrutura – aumentar a participação privada no Porto. “Não é privatizar, mas vamos promover grandes concessões”.
Elas estão mais presentes no Porto
Mais da metade da população é composta por mulheres: 51,6%, segundo dado de 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar disso, o órgão aponta que elas ocupam apenas 39,1% dos cargos gerenciais.
Mesmo sem números específicos sobre o tema no Porto de Santos, o especialista em Recursos Humanos, Fábio Sartori, vê um crescimento na mão de obra feminina, principalmente na área de operação.
Segundo ele, o setor conta com mais homens devido aos serviços braçais, mas isso tem mudado com a automatização dos equipamentos. Sartori não tem dúvida: mais mulheres vão ascender a cargos de gestão e ultrapassar o número de homens.
Fonte: A Tribuna