CNA: Aliança AgroBrazil debate exportações do setor agropecuário
A Aliança AgroBrazil, grupo lançado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para debater comércio exterior, se reuniu em Brasília para tratar da agenda do governo brasileiro para as negociações internacionais. Conforme nota da CNA, representantes dos ministérios da Economia, da Agricultura e das Relações Exteriores estiveram presentes na reunião.
O diretor do Departamento de Promoção do Agronegócio do Itamaraty, Alexandre Ghisleni, defendeu uma ação coordenada para fortalecer a atuação do País nas negociações de acordos de livre comércio e promover a imagem do setor agropecuário no exterior. “Nós precisamos mostrar ao mundo que o Brasil é uma superpotência agrícola e tudo foi construído com base na tecnologia e no respeito ao meio ambiente. Essa é uma imagem que não chega lá fora e nós precisamos e queremos fazer chegar”, disse.
Já a secretária adjunta de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Yana Dumaresq, afirmou que o governo reconhece a necessidade de aumentar a participação do setor agropecuário em mercados estratégicos. “Estamos comprometidos em avançar nessa questão e encarar as dificuldades para concluir as negociações. O nosso objetivo não é só negociar, mas sim fechar acordos.” O secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Flávio Bettarello, falou, por sua vez, de medidas de apoio ao setor. “Teremos uma agenda de promoção comercial, investimento e cooperação”, disse.
Outro assunto debatido no encontro foram as negociações do Brasil com mercados potenciais. A coordenadora de Relações Internacionais da CNA, Camila Sande, explicou que o Canadá, por exemplo, é considerado um concorrente do Brasil por ser um grande player no mercado agrícola. “Nós temos o desafio de entrar no mercado canadense. Existem oportunidades que podemos encontrar pelo menos na redução de tarifas de alguns produtos, como as carnes. A CNA está fazendo um levantamento para buscar sinergias e vantagens com esse possível acordo comercial”, disse.
De acordo com Sande, outro mercado potencial é a Coreia do Sul, oitavo maior importador de alimentos do mundo. “Esse acordo poderia trazer um incremento de US$ 10 bilhões apenas com a exportação de produtos agropecuários. Segundo o governo, uma rodada de negociações está prevista para o fim de março”.
Fonte: Estadão Conteúdo