Porto tem dragagem garantida até agosto
A dragagem de manutenção em toda a extensão do canal de navegação do Porto de Santos está garantida até o próximo dia 7 de agosto. Serviços nos berços e nos acessos aos pontos de atracação também estão mantidos. Isto foi possível após um aditamento ao contrato firmado com o consórcio formado pelas empresas Van Oord Operações Marítimas e Boskalis do Brasil.
Esta frente de dragagem, licitada pelo então Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPAC), hoje, Ministério da Infraestrutura, prevê a ampliação das profundidades do canal de navegação, dos berços de atracação e dos acessos a eles no cais santista.
Pelo contrato, a profundidade do canal vai de 15 metros, em média, para 15,4 e 15,7 metros nos próximos três anos. Alguns trechos da via marítima também serão alargados. E os locais de atracação (berços) terão uma nova fundura, variando de 7,6 a 15,7 metros.
As obras do consórcio foram iniciadas em maio, quase três anos após a contratação do serviço. Os trabalhos custaram R$ 369 milhões à Companhia Docas.
Desta vez, serão investidos mais R$ 325,3 milhões pelo Governo Federal na obra. O prazo de execução será de oito meses, de acordo com a publicação no Diário Oficial da União.
A ideia de ampliar o contrato partiu do ex-presidente da Codesp Luiz Fernando Garcia, que assumiu o cargo dois meses antes do fim do contrato. O plano teve como objetivo evitar uma nova paralisação da obra, fundamental para garantir a viabilidade das operações no cais santista.
Antes do consórcio, a dragagem do canal de navegação do Porto de Santos era executada pela Dragrabas Serviços de Dragagem, por meio de um contrato firmado com a Codesp. Já os berços estavam sendo mantidos pela Dratec Engenharia por meio de contratos firmados pela própria Autoridade Portuária.
Investigações
Aditamentos em contratos para a execução da dragagem do canal de navegação do Porto, firmados entre a Van Oord e a Codesp, estão entre os documentos sob análise da Polícia Federal, no âmbito da Operação Nereu. Essas investigações deram origem à Operação Tritão, na qual sete pessoas foram presas temporariamente, entre elas, diretores e outros executivos da Autoridade Portuária, acusados de participar de um suposto esquema de corrupção.
Fonte: A Tribuna