Oil & Gas

Shell e boliviana YPFB assinam memorando para futura importação de gás ao Brasil

A Shell Brasil assinou um memorando de entendimentos (MoU) com a boliviana YPFB, em busca de estabelecer no futuro um contrato de importação de gás natural ao Brasil, confirmou em nota à Reuters a petroleira anglo-holandesa, segunda maior produtora de petróleo do pré-sal depois da Petrobras.

O memorando, assinado na semana passada, tem como objetivo a comercialização de 4 milhões de metros cúbicos por dia de gás (m³/d) até 2022 e 10 milhões de m³/d a partir daquele ano, segundo publicou originalmente a Agencia Boliviana de Información (ABI).

A iniciativa ocorre diante da proximidade do vencimento do atual contrato de serviço de transporte firme de gás natural do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), assinado em 1999, entre Petrobras e a Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), marcado para 31 de dezembro de 2019.

“A Shell Brasil está ciente de uma oportunidade de importação de gás boliviano à medida que o gasoduto Brasil-Bolívia amplia sua capacidade disponível nos próximos anos”, disse a empresa em nota.

A petroleira frisou que o MoU “tem o objetivo de estabelecer os primeiros passos de um trabalho conjunto com a YFPB no sentido de desenvolver um possível acordo no futuro, aumentando assim nossa posição como fornecedores de gás natural no Brasil, que atualmente é baseada em nossa produção de gás do pré-sal e de nosso portfólio em GNL”.

A contratação do Gasbol será realizada por meio de uma chamada pública, cuja minuta do edital está atualmente prevista para ser colocada em consulta pública no fim de janeiro, segundo entrevista recente à Reuters do diretor da ANP José Cesário Cecchi.

Conforme a ANP havia anunciado anteriormente, a TBG será a responsável pelo encaminhamento da minuta de edital, que será objeto de consulta e audiência públicas. Após a aprovação do edital pela ANP, a TBG realizará, de forma indireta, a chamada pública para contratação da capacidade.

Com a chamada pública, a Petrobras poderá deixar de ser a única importadora a utilizar o Gasbol, conforme já esperado pelo mercado. A petroleira estatal vem buscando reduzir sua participação no mercado de distribuição de gás, vendendo ativos e abrindo espaço para novos competidores.

Fonte: Reuters

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