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Postado em 22 de junho de 2020 | 18:29

STI Norland prevê faturamento de R$1 Bilhão no Brasil neste ano

Depois de terminar o ano passado com uma participação de 39% no mercado brasileiro, o grupo espanhol STI Norland também está com perspectivas positivas para seus negócios no Brasil em 2020, apesar da pandemia do coronavírus. A empresa atua na fabricação e no fornecimento dos chamados trackers, que são rastreadores usados em plantas de geração de energia solar fotovoltaica para alterar a posição dos painéis durante o dia, seguindo o caminho do sol. No primeiro trimestre, a companhia alcançou um recorde de R$ 700 milhões em novos pedidos e, de acordo com o CEO da STI Norland, Javier Reclusa, a expectativa é terminar 2020 com um faturamento de R$ 1 bilhão. “Para nossa surpresa, todos os nossos clientes continuaram apostando no setor solar, mesmo com a depreciação do real”, afirmou o executivo. “Acho que a partir de julho, o mercado solar será reativado mais do que temos esperado. E isso será por conta da melhoria do câmbio e da retomada dos comércios. Para agosto e setembro, imaginamos que tudo voltará a uma relativa normalidade”, acrescentou.

A empresa terminou o ano passado com uma participação de mercado brasileiro de 39%, segundo uma pesquisa da Wood Mackenzie. Ao que atribui o resultado?

Neste estudo, foi publicado que em 2019 fomos a maior empresa de trackers do Brasil, com 39% de mercado. Este ano, vamos superar esse número porque temos um volume de negócio bem maior. Isto foi conquistado, sobretudo, ao adquirir a confiança dos clientes. Ou seja, foi aos poucos, conquistando cliente a cliente. Temos um atendimento muito personalizado e de qualidade. Nossos clientes foram nos citando para outras pessoas e, pouco a pouco, conquistamos essa participação de mercado tão significativa.

O senhor demonstra um otimismo com os negócios, apesar do cenário de crise econômica provocado pela pandemia. Poderia falar sobre isso?

O que temos percebido é que quando começou o problema da Covid-19, tínhamos certeza que isto iria afetar o setor, porque aconteceu em conjunto com uma depreciação do real frente ao dólar e ao euro. Achávamos que o setor seria bastante afetado. Mas, para nossa surpresa, todos os nossos clientes continuaram apostando no setor solar, mesmo com a depreciação do real. Existem componentes que são importados, que acabam sendo afetados quando o real se desvaloriza. Mas todos os clientes continuaram fazendo pedidos e tivemos um recorde de pedidos no primeiro trimestre, com mais de R$ 700 milhões, tanto na geração distribuída quanto na centralizada. Alguns projetos foram adiados, mas que estão pré-ativando novamente agora no segundo semestre.

O volume que parece que teremos para o ano que vem será  bem maior do que o deste ano por causa dos contratos de mercado livre. Nosso otimismo vem bastante da demanda do mercado. Os nossos clientes estão demandando muito mais projetos agora e isso nos dá muita esperança para os próximos meses. 

Como está a expectativa por novos negócios para o restante deste ano?

Eu acho que o mercado vai se reativar antes do esperado. É o que estamos percebendo. Aqueles clientes que estão aguardando um pouco a economia melhorar e o dólar abaixar estão muito mais motivados. Eu acho que vai ser mais rápido do que o esperado. Acho que a partir de julho, o mercado solar será reativado mais do que temos esperado. E isso será por conta da melhoria do câmbio e da retomada dos comércios. Para agosto e setembro, imaginamos que tudo voltará a uma relativa normalidade.

Qual é a estrutura física da empresa no Brasil atualmente?

Nós temos um escritório central em São Paulo, onde fica toda a parte administrativa, comercial e financeira. Somos quase 60 pessoas em nosso escritório em São Paulo. E temos nossa fábrica em Camaçari (BA), onde acontece uma parte da fabricação dos componentes. Também temos um centro logístico de onde distribuímos para todos os projetos do Brasil e alguns projetos para o exterior. É um ponto estratégico devido ao porto, já que importamos uma parte do material, além também de ser o epicentro da maioria dos projetos solares do Brasil. Nós fabricamos alguns dos componentes e outros terceirizamos com parceiros locais.

Quais são as previsões de crescimento da empresa?

A nossa expectativa é encerrar este ano com um faturamento de R$ 1 bilhão aqui no Brasil. Já será um aumento significativo em relação aos anos anteriores. Esperamos multiplicar por quatro o faturamento do ano passado. Para o próximo ano, esperamos crescer ainda mais com os projetos que estão vindo e aqueles que estamos negociando.

Quais são os principais projetos que a empresa está envolvida atualmente?

Estamos agora envolvidos em cerca de 40 projetos. São muitos projetos porque trabalhamos com o mercado de geração distribuída, que tem projetos menores, e de geração centralizada, que tem grandes projetos.

Em termos de maiores projetos, estamos trabalhando no projeto Pereira Barreto, da empresa EDP; estamos trabalhando também com um projeto de 465 MW do grupo Pátria; e ainda estamos fazendo todos os projetos da Canadian Solar aqui no Brasil. Estes são alguns dos principais.

 

 

Fonte: Petro Notícia


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