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Postado em 19 de outubro de 2021 | 20:12

Preços de fertilizantes seguem em alta; ureia subiu 30% em setembro

Os preços dos principais grupos de fertilizantes seguiram em alta no mercado internacional no último mês. A cotação da ureia alcançou US$ 620 por tonelada no dia 1° de outubro, um avanço de quase 30% em relação ao valor registrado na última semana de agosto no Oriente Médio, importante região produtora, segundo relatório da Consultoria Agro do Itaú BBA.

O aumento do preço do gás natural, usado na produção da amônia — matéria-prima que, por sua vez, dá origem a nitrogenados como a ureia — foi um elemento importante na alta dos fertilizantes. O encarecimento do gás afeta as indústrias produtoras de adubos, a exemplo de Yara e Basf, que anunciaram cortes na produção. O mesmo fez a CF Industries, que voltou a operar normalmente com subsídios do governo inglês.

A Basf anunciou no fim do mês passado que reduziria a produção de amônia nas unidades da Antuérpia (Bélgica) e Ludwigshafen (Alemanha). “A companhia vai monitorar o andamento do preço do gás natural e ajustará sua produção de amônia de acordo [com os valores da matéria-prima]”, disse a companhia, em comunicado. A Yara já havia anunciado decisão similar em meados de setembro.

Outro fator de valorização dos nitrogenados é a crise energética na China, importante fornecedor global também de fosfatados. O mercado volta as atenções para o país, que, nos últimos meses, vem atuando para dificultar embarques de adubos. Há rumores sobre interrupção do fornecimento de alguns tipos de fertilizantes, lembrou recentemente o diretor de fertilizantes da StoneX, Marcelo Mello. Ainda segundo o Itaú BBA, a oferta global de fosfatados também foi impactada pelo furacão Ida nos Estados Unidos.

Em potássicos, mesmo com a perspectiva de baixos volumes de compras brasileiras nos próximos meses, os preços subiram 7% no intervalo entre o início de setembro e o começo de outubro. No dia 1° deste mês, a tonelada havia alcançado US$ 770 (preço no porto) no país, informa o banco, reflexo, principalmente, das sanções que os Estados Unidos impuseram a Belarus, segundo maior produtor global. A medida tem gerado incertezas sobre a disponibilidade do insumo.

 

 

Fonte: Valor


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