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Postado em 11 de setembro de 2019 | 18:14

Mitsui quer expandir ativos em GNL e minério de ferro apesar de desaceleração econômica

A japonesa Mitsui & Co planeja expandir seus ativos em gás natural liquefeito (GNL) e minério de ferro para atender à crescente demanda na Ásia, mesmo com sinais de desaceleração na economia global em meio à prolongada guerra comercial entre EUA e China, disse um importante executivo da empresa à Reuters.

“Energia e recursos naturais são nosso principal ‘driver’ de crescimento e nós seguiremos fortalecendo essa área”, disse o vice-presidente executivo da Mitsui, Yukio Takebe, em entrevista nesta terça-feira.

A Mitsui, que opera com ‘trading’ de ativos que vão de milho a navios-tanque, tem visto um enfraquecimento da demanda na China em áreas como partes automotivas, mas a disputa comercial com os EUA e as crescentes tensões no Oriente Médio não vão reduzir a velocidade de seus investimentos em GNL e minério de ferro, disse Takebe.

“As economias asiáticas continuarão a crescer com certeza. A disputa comercial EUA-China não vai parar isso”, afirmou ele.

“Nós não vamos hesitar em investir apenas por causa do que está acontecendo diante de nossos olhos, uma vez que investimos em GNL e minério de ferro com visões de longo prazo”, disse Takebe, que gerencia os negócios de energia e metais.

Os preços do GNL no mercado spot caíram para mínimas de três anos em 2019, mas a Mitsui está confiante de que esse mercado mudará para um déficit à medida que países desenvolvidos buscam combustíveis mais limpos e emergentes buscam novas fontes de energia.

“O mercado de GNL está agora com sobreoferta, uma vez que cerca de 40 milhões de toneladas em capacidade foram acrescentadas nos últimos um ou dois anos. Mas alguns preveem uma grande escassez em 2035”, afirmou.

A mudança para um déficit poderia ocorrer no momento de entrada em operação de dois projetos da Mitsui, Arctic 2 e Mozambique, em 2023 e 2024, segundo ele.

MINÉRIO E METAIS
No ano passado, a Mitsui anunciou investimentos em dois projetos de minério de ferro na Austrália.

A empresa, que tem uma fatia de 5,59% na Vale, espera que a mineradora brasileira retome a maior parte de suas operações fechadas após um desastre mortal em janeiro dentro de um a três anos, disse Takebe.

Minério de cerro, carvão de coque e cobre estão entre os principais focos da Mistsui em metais, mas ela também tem apetite por níquel.

“Nossos projetos de níquel nas Filipinas têm tido sucesso e nós estamos muito interessados se houver quaisquer bons ativos”, afirmou ele.

A Mitsui teve seu primeiro prejuízo líquido no ano encerrado em março de 2016 devido a uma queda global das commodities, mas se recuperou desde então e deve registrar um lucro recorde neste ano comercial devido aos preços mais altos do minério de ferro.

Fonte: Reuters


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