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Postado em 19 de maio de 2020 | 17:16

Indústria do petróleo na Colômbia deve demorar muito tempo para se recuperar depois da pandemia

A indústria do petróleo da Colômbia está comendo o pão que o diabo amassou. Com os preços devastados pela crise internacional provocada pela pandemia, não será em pouco tempo que ela vai se recuperar. A produção já começa a ser afetada, segundo dados preliminares da Agência Nacional de Hidrocarbonetos. Caiu quase 10% desde o início do ano, para menos de 800 mil barris por dia no fim de abril, queda superior a 20% em relação ao pico de 2015. O alto custo para produzir   em seus poços aumenta o problema. Isso,  resultado da geologia única do país. A região produtora de petróleo, no leste do país,  está localizada em um imenso aquífero. Em muitos casos os  produtores extraem mais água do que petróleo quando perfuram.

A crise chegou exatamente quando a Ecopetrol, maior produtora da Colômbia,  havia determinado um investimento de US$ 1,5 bilhão no setor de gás de xisto no Texas, nos Estados unidos, e não em seus próprios campos. O custo alto da produção do Xisto, inviabiliza a venda do óleo que continua com seus preços mergulhados. Por isso a Colômbia foi fortemente atingida pelo colapso global de preços. Alguns especialistas dizem que ela  pode ser um dos poucos países que não conseguirão se recuperar, mesmo com a valorização das cotações. A Colômbia é o quarto maior produtor da América Latina, atrás do Brasil, México e Venezuela. Mas o país tem  um setor com custos excepcionalmente altos para a produção e o transporte. A abertura da indústria  levou participantes que não podem suportar isso durante muito tempo e serão forçados a encolher rapidamente. Os custos básicos de produção não podem justificar a permanência dessas empresas e muitas irão deixar o país.

 

Fonte: Petronoticias


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