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Postado em 5 de setembro de 2019 | 18:21

GE investiga nova queda de turbina eólica em parque no Brasil

A norte-americana GE está investigando as causas de mais um incidente envolvendo a queda de uma turbina eólica produzida pela companhia no Brasil, dessa vez em um parque da elétrica Omega, no Maranhão, disseram as empresas.

O caso, registrado na terça-feira, acontece após uma turbina da empresa ter desabado em julho devido ao rompimento da torre em uma usina da Echoenergia em Pernambuco e depois de três colapsos de máquinas eólicas nos Estados Unidos neste ano.

“Temos trabalhado focados em conter e resolver esses problemas o quanto antes, a fim de garantir a segurança e a confiabilidade da operação de nossas turbinas”, disse a GE à Reuters, em nota, ao ser questionada sobre os problemas recentes.

A companhia disse que, durante a queda da turbina no parque Delta 6, nesta semana, três empregados estavam no local, sendo que um deles acabou ferido.

“Estamos trabalhando para determinar a causa do incidente e oferecer o apoio adequado conforme necessário… a segurança de nossos empregados é de extrema importância para nós e estamos apoiando o empregado que foi ferido, bem como sua família neste momento”, acrescentou a GE.

A Omega disse em nota que está “prestando todo o suporte para identificar a causa do incidente” em sua usina no Maranhão, apontando que o “procedimento padrão” envolve a investigação da ocorrência pela fabricante.

Na avaliação da empresa do setor RDS Energia, que desenvolve projetos de energia renovável, incluindo eólicos, incidentes como esses chamam atenção porque são pouco usuais, dado que as máquinas utilizadas nos parques são feitas para suportar ventos de até 300 quilômetros por hora.

“Isso não é comum, são casos raros”, disse à Reuters o presidente da RDS, Rodrigo Nereu dos Santos. “A gente sabe que a GE teve caso lá nos Estados Unidos também. Eles tiveram alguns casos repetidos… isso tem impacto na imagem.”

Ele observou que investidores em usinas eólicas acompanham as notícias, que devem pressionar a fabricante em suas negociações de equipamentos.

“Quanto mais casos desses ocorrem, menos atrativa fica a proposta desse fornecedor”, disse, lembrando que embora as turbinas geralmente tenham seguros os donos de parques afetados por incidentes como esses podem sofrer algum impacto devido ao tempo necessário até a substituição do equipamento danificado.

A GE já forneceu mais de 3 mil turbinas eólicas para empreendimentos no Brasil, o que representa mais de 5,5 gigawatts em capacidade.

O Brasil tem atualmente cerca de 15 gigawatts em parques eólicos em operação, o que representa 9% da matriz elétrica.

Fonte: Reuters


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