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Postado em 26 de fevereiro de 2020 | 16:22

Energisa vê investimento recorde em 2020 e estuda retomar aportes em geração

A elétrica brasileira Energisa deve investir quase 3 bilhões de reais em 2020, um recorde, com foco em seus negócios de distribuição e transmissão, enquanto avalia também um retorno aos aportes no setor de geração, disse à Reuters o presidente da companhia, Ricardo Botelho.

Parte significativa dos aportes —que crescerão 8,5% ante 2019— será aplicada em empresas de distribuição adquiridas em 2018 junto à Eletrobras, em leilões de privatização, mas os desembolsos previstos ainda não incluem projetos de geração eólica e solar hoje em fase avançada de estudos na companhia.

“No caso especificamente de geração de grande porte, temos projetos em nossa carteira para desenvolver em energia solar e também em eólica. Temos analisado com bastante atenção nos últimos anos a possibilidade de retomar. A depender das oportunidades, podemos nos lançar novamente nesse setor”, disse Botelho.

A Energisa já investiu em geração em outras oportunidades, mas vendeu os ativos posteriormente. O último movimento nesse sentido envolveu a negociação de hidrelétricas, usinas à biomassa e eólicas à canadense Brookfield, em transação concluída em 2015.

No momento, a companhia tem em carteira projetos eólicos na Bahia que somariam uma capacidade de 250 megawatts e um projeto solar na Paraíba que somaria 60 megawatts.

Para tirar os empreendimentos do papel, a Energisa avalia tanto leilões do governo para viabilizar novos projetos quanto a possíveis negociações da produção dos parques no chamado mercado livre de energia, no qual grandes consumidores podem negociar diretamente o suprimento com geradores e comercializadoras.

O problema, segundo Botelho, é que os leilões governamentais têm atraído “nível de competição absurdo”, o que leva os preços de venda da energia pelos projetos vencedores a níveis “muito, muito baixos”, enquanto no mercado livre os contratos têm valores melhores, mas prazos mais curtos.

“Temos que avaliar as condições… Se a equação fechar lá na frente, pode ser que a gente venha a viabilizar, não é algo que temos definido”, afirmou.

Fonte: Reuters


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