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Postado em 27 de outubro de 2019 | 14:29

Energia eólica offshore pode se tornar indústria de US$1 tri, diz IEA

A energia eólica offshore pode se transformar em importante pilar da oferta global de energia, à medida que acentuadas reduções de custo e o aprimoramento tecnológico impulsionam o potencial da fonte renovável, disse nesta sexta-feira a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).

A substituição dos combustíveis fósseis por energias renováveis é crucial para que seja atingida uma meta global de limitar o aumento da temperatura a menos de 2 graus Celsius neste século, e a expansão da energia eólica offshore poderia evitar emissões de 5 bilhões a 7 bilhões de toneladas de gás carbônico pelo setor energético, apontou a IEA.

Hoje, a energia gerada por turbinas eólicas instaladas no mar representa apenas 0,3% da geração de eletricidade global, disse a IEA no que chamou de “o mais abrangente” estudo sobre energia eólica offshore da história.

“(Mas) o potencial é enorme”, disse à Reuters o diretor-executivo da IEA, Fatih Birol, na capital da Dinamarca —país onde as primeiras turbinas offshore foram instaladas em 1991 e que no ano passado produziu 15% de sua eletricidade a partir de usinas offshore.

Com base nas políticas atuais e propostas, a capacidade deverá aumentar em 15 vezes nas próximas duas décadas, transformando a energia eólica offshore em um negócio de 1 trilhão de dólares, de acordo com a IEA.

Birol comparou a fonte a duas outras mudanças significativas no sistema energético: a revolução do “shale” (petróleo não convencional) e o avanço da energia solar fotovoltaica, afirmando que a energia eólica offshore tem o potencial para fortes reduções de custo, similares às do “shale” e das solares.

O executivo acrescentou esperar que o custo médio da geração eólica offshore no mundo caia pela metade, para em torno de 60 dólares por megawatt-hora, em apenas cinco anos. A redução seria guiada especialmente por turbinas maiores, algumas tão altas quanto a torre Eiffel, e por custos mais baixos de financiamento.

Atualmente, o Reino Unido possui a maior capacidade no setor, mas por volta de 2025 a China deverá se tornar a líder na tecnologia. A indústria também está em crescimento em mercados como Estados Unidos, Taiwan e Japão.

A dinamarquesa Orsted é a maior desenvolvedora mundial de projetos de energia eólica offshore, enquanto a Siemens Gamesa e a MHI Vestas, uma joint venture entre Vestas e Mitsubishi Heavy Industries, são as maiores fabricantes de turbinas eólicas para uso no mar.

Fonte: Reuters


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