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Postado em 29 de junho de 2020 | 20:09

Ecovix e a Chilena Asmar se juntam para construir no brasil um navio Polar de apoio para base na Antártica

Ecovix está dando novos passos para entrar novamente no jogo. A companhia contratou recentemente o executivo Luiz Fernando Pugliesi (foto) para comandar a diretoria de desenvolvimento de negócios, visando retomar a participação em grandes empreendimentos. E a empresa acaba de alinhavar um acordo que pode ajudar a indústria naval brasileira a se desenvolver ainda mais, adquirindo um conhecimento inédito no país. O acordo que está sendo gestado com a chilena ASMAR (foto à direita), estatal de administração autônoma focada em construção naval. Estão sendo acertados os últimos detalhes para um acordo de cooperação, com transferência de tecnologia, para que o Estaleiro Ecovix possa construir no Brasil o primeiro navio Polar em suas instalações na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.

Com apoio da consultoria VSK, a união das empresas visa a participação no edital para a construção do Navio de Apoio Antártico – que dará suporte à base brasileira no continente, reinaugurada no início deste ano após o incêndio ocorrido em 2012. “Pelas condições geográficas, o Chile tem grande experiência na fabricação de navios polares. Essa operação vai possibilitar a transferência de tecnologia para o Brasil”,

Estaleiro Ecovix, em Rio Grande

Estaleiro Ecovix, em Rio Grande

destaca Luiz Fernando Pugliesi. O documento que confirma as intenções da parceria será entregue hoje (29) à Marinha do Brasil.

Para lembrar, a nova estação brasileira na Antártica, Comandante Ferraz, foi reinaugurada no dia 15 de janeiro deste ano, com a as presenças  do Vice-Presidente Hamilton Mourão,  do Ministro Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia,  do Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas; e o Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Nascia ali um novo marco, porque  em fevereiro de 2012, a antiga estação sofreu um gravíssimo incêndio que vitimou dois militares de nossa Marinha e foi praticamente toda destruída.   Apoiada pela Petrobrás por meio do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e operada pela Marinha do Brasil, a instalação é destinada a pesquisas científicas nas áreas ambiental, meteorológica, biodiversidade e química, hoje é uma realidade.

Para dar apoio a toda esta estrutura, a Marinha Brasileira precisa estar contato permanente com as equipes que trabalham, num delicado trabalho logístico. Uma nova embarcação, mais moderna e eficiente, está sendo necessária para esse apoio durante todo ano, independente da estação meteorológica. Com a parceria entre Petrobrás, através do  Centro de Pesquisas (Cenpes) e a Marinha, são viabilizadas pesquisas, missões de pesquisadores e equipes para a região, compra de equipamentos, laboratórios, desenvolvimento de combustíveis especiais para o ambiente Antártico, entre outras atividades. Já foi desenvolvido, inclusive, um combustível resistente a  temperaturas extremas menores que 40 graus negativos, aprimorado para diminuir o seu impacto ambiental com redução do teor de enxofre e melhora da qualidade de ignição e lubricidade.

Para Ecovix, será um passo importante para a retomada nos negócios.  Os chilenos desenvolveram muito conhecimento em embarcações polares, em função  do sul do Chile ser muito próximo ao continente Antártico  e, pela necessidade do patrulhamento na região, algumas tecnologias próprias foram desenvolvidas. A ideia de Pugliesi, é aprender este know-how com a transferência de tecnologia e poder, a partir daí, entrar em um novo mercado no estaleiro que fica no extremo do Rio Grande do Sul.

– A  Ecovix pretende investir em outros novos negócios?

“Com certeza. Elaboramos um plano que visa um crescimento considerável na carteira de negócios e temos muito a explorar. O nosso estaleiro é muito bem equipado. Temos tudo para fazer a construção de navios de qualquer porte e acredito  que também temos espaço para fazer reparos e manutenção. Existe mercado e estamos buscando as oportunidades. Vamos focar mesmo agora nessa nova possibilidade de construir a primeira embarcação polar no Brasil. E isso me anima bastante”.

 

 

Fonte: Petro Notícias


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