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Postado em 14 de maio de 2019 | 18:08

Arábia Saudita reporta ataque a instalações de petróleo perto de Riad

A Arábia Saudita informou que drones carregados de explosivos atingiram unidades de extração de petróleo na região de Riad nesta terça-feira, no que o governo chamou de ato de terrorismo, dois dias após navios petroleiros sauditas serem sabotados na costa dos Emirados Árabes Unidos.

O ministro da Energia do maior exportador de petróleo do mundo, Khalid al-Falih, disse que um ataque a duas unidades não interrompeu a produção da commodity nem a exportação de petróleo ou produtos derivados.

O ministro afirmou, em comentários televisionados pela mídia estatal, que os dois ataques recentes ameaçaram o abastecimento global de petróleo e comprovaram a necessidade de combater “grupos terroristas por trás desses atos tão destrutivos”, incluindo a milícia Houthi, apoiada pelo Irã no Iêmen.

Administrada pelos houthis, a Masirah TV citou uma autoridade militar nesta terça-feira dizendo que os houthis haviam lançado ataques com drones em “instalações sauditas vitais”. Uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita combate os houthis no Iêmen há quatro anos.

O ataque desta terça-feira e a operação contra embarcações comerciais ao longo da costa dos Emirados Árabes Unidos ocorreram no domingo, à medida que os Estados Unidos e o Irã trocavam farpas sobre as sanções e a presença militar dos EUA na região.

Os Emirados Árabes Unidos não revelaram detalhes sobre a natureza do ataque a navios próximo de Fujairah, região vizinha ao Estreito de Ormuz, nem culparam qualquer parte ou país.

O Irã foi um dos principais suspeitos de sabotagem no domingo, apesar de Washington não ter provas conclusivas, disse um funcionário norte-americano familiarizado com a inteligência dos EUA na segunda-feira.

O Irã negou envolvimento e descreveu o ataque aos quatro navios comerciais como “preocupante e terrível”. O país pediu uma investigação.

O embaixador dos EUA na Arábia Saudita disse que Washington deveria aceitar o que chamou de “respostas razoáveis após a guerra”, após determinarem quem estava por trás dos ataques perto de Fujairah.

“Precisamos fazer uma investigação completa para entender o que aconteceu, por que isso aconteceu e, em seguida, chegar a respostas razoáveis após a guerra”, disse o embaixador John Abizaid a repórteres na capital saudita em comentários publicados nesta terça-feira.

“Não é de interesse (do Irã), não é do nosso interesse, não é do interesse da Arábia Saudita ter um conflito.”

Fonte: Reuters


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