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Postado em 7 de julho de 2020 | 18:25

Zona Franca de Dubai quer atrair mais empresas brasileiras

Dafza tem oportunidades para produtores de açúcar, carne bovina e de frango, café, e também para áreas não alimentícias como peças de aeronaves e de veículos, cosméticos e fármacos.

A Autoridade da Zona Franca do Aeroporto de Dubai (Dafza, na sigla em inglês) tem interesse no crescimento e na diversificação do comércio árabe-brasileiro, com o objetivo de ajudar os Emirados Árabes Unidos a se tornarem o maior parceiro de negócios e investimentos do Brasil.

“A zona franca está atuando no relacionamento com setores públicos e privados no Brasil e nos Emirados Árabes Unidos. Isso ajudará a melhorar a reputação de Dubai como um destino atraente para investidores globais. A Dafza continuará a construir um futuro baseado em inovação e cooperação”, disse a assessoria de imprensa da entidade em entrevista por e-mail à ANBA.

A zona franca diz que, como o Brasil vem se estabelecendo como grande fornecedor de alimentos para os países árabes, há oportunidades comerciais para o empreendedorismo no agronegócio, e também para o desenvolvimento de fabricantes, fornecedores e distribuidores.

“Existem oportunidades comerciais relevantes para o comércio internacional entre o Brasil e os Emirados Árabes para produtos como açúcar, aves, carne bovina e café. Além disso, para produtos não alimentícios, como peças de aeronaves e peças de veículos”, disse.

O Brasil é o maior exportador de produtos de alimentos e bebidas para a região do Oriente Médio e Norte da África (Mena, na sigla em inglês). Estima-se que as empresas brasileiras que exportaram alimentos e bebidas para a região valiam US$ 9,1 bilhões em 2018.

“Contudo, ainda existem oportunidades de negócios inexploradas para empresas brasileiras em outros setores, como cosméticos, produtos farmacêuticos e de aviação nos países árabes”, disse.

A Dafza assinou um memorando de entendimento com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira para trabalhar junto à entidade como parceira de serviço do Centro de Comércio e Marketing Halal (HTMC). O documento foi firmado durante webinar realizado em junho pela entidade.

Cofundado pela Dafza e pelo Centro de Desenvolvimento da Economia Islâmica de Dubai (DIEDC), o HTMC é um centro global de desenvolvimento de negócios focado nas oportunidades da economia halal para fabricantes, fornecedores e distribuidores de produtos e serviços halal. Halal é todo produto próprio para o consumo de muçulmanos, seguindo regras e restrições do Islã.

A cooperação entre a Câmara Árabe e a Dafza deverá fortalecer e aumentar os fluxos de comércio e investimento entre Dubai e o Brasil, afirma a entidade árabe, além de gerar oportunidades e prosperidade econômica para empresas de ambas as regiões.

Benefícios

Os benefícios a empresas registradas na zona franca são um ambiente regulatório e tributário focado nos negócios que permite a propriedade total, o repatriamento total dos ganhos e uma infraestrutura de alto padrão.

A zona franca está estrategicamente localizada ao lado do Aeroporto Internacional do Dubai, o que permite rapidez na liberação e processamento de documentos para maximizar a atividade e a eficiência dos negócios.

“Como o Brasil continua sendo o maior exportador de produtos de alimentos e bebidas para a região do Mena, as empresas podem se beneficiar das extensas instalações de manuseio de carga e da capacidade rápida e eficiente de liberação de carga comercial. Tais ofertas permitem agilidade e oportunidades maximizadas com fabricantes, fornecedores e distribuidores de produtos de alimentos e bebidas”, disse.

A Dafza também reduziu seu custo de instalação de negócios em até 65%, outro benefício que a zona franca vem promovendo como parte de seu objetivo de aumentar a competitividade regional e ativar diversos setores-chave, atraindo investimento direto estrangeiro (IED).

“Além disso, a Dafza também renunciou às multas por vencimento da licença para relaxar os termos da renovação da licença. Ao permitir a restauração de registros e licenças legais, a decisão ajudou os investidores a renovar sua licença vencida sem pagar multas por renovação tardia. Isso reflete o constante apoio da Dafza ao crescimento dos setores de negócios e seu compromisso de remover todos os obstáculos enfrentados pelas empresas a fim de desenvolver a economia e criar um ambiente de negócios competitivo e favorável ao investimento”, disse.

A zona franca vem desempenhando papel fundamental no crescimento econômico de Dubai, com uma contribuição de 12% para o comércio exterior do emirado em 2019. “Isso foi resultado direto dos incentivos e serviços de facilitação de negócios fornecidos pela Dafza, que aumentaram a atratividade da zona franca para investidores estrangeiros. Os bons resultados da zona franca também se devem à sua posição de liderança como um centro para empresas e investidores internacionais, conectando os principais centros comerciais em todo o mundo, e seu papel na aceleração do acesso aos mercados globais e regionais, incluindo o mercado de Dubai”, disse.

Economias complementares

A Dafza vem trabalhando para conectar o Brasil aos Emirados Árabes Unidos com o intuito de promover o desenvolvimento econômico. “A zona franca vê as economias do Brasil e dos Emirados Árabes Unidos como altamente complementares, com potencial para cooperação significativa”, disse.

O crescimento significativo que o comércio entre os países teve entre janeiro e agosto de 2019 foi apontado pela entidade, somando quase US$ 2 bilhões, uma alta de 37,6% na balança comercial. “A Dafza busca continuar a desenvolver o comércio e o investimento bilaterais entre os dois países, facilitando e desenvolvendo a cooperação”, disse.

 

Fonte: ANBA

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