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Postado em 4 de agosto de 2019 | 14:09

Trump e UE anunciam acordo para ampliar vendas de carne bovina dos EUA ao bloco

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um acordo para vender mais carne bovina norte-americana para a Europa, em uma modesta vitória para uma administração que permanece em uma guerra comercial com a China, embora Trump tenha afirmado que tarifas sobre automóveis europeus continuam como uma possibilidade.

A Comissão Europeia destacou que qualquer acordo sobre carne bovina não aumentará as importações totais do produto, e que toda a carne que chegar à UE deve ser livre de hormônios, em linha com as regras sanitárias do bloco. O acordo necessita da aprovação do Parlamento Europeu.

“O acordo que assinamos hoje irá diminuir as barreiras na Europa e expandir o acesso para fazendeiros e pecuaristas norte-americanos”, disse Trump em um encontro com autoridades da UE e pecuaristas dos EUA, trajados com chapéus de caubói, na Sala Roosevelt da Casa Branca, onde foi realizado o anúncio.

O acordo foi, então, assinado pelo representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, pelo embaixador da UE nos EUA, Stavros Lambrinidis, e pelo representante do bloco europeu, Jani Raappana.

Trump brincou que seu governo está trabalhando com a UE “em uma tarifa de 25% sobre todas as Mercedes-Benz e BMW entrando em nossa nação.”

“Estou apenas brincando”, disse ele em meio a risos.

Mas, em conversa com jornalistas mais tarde, o presidente afirmou que a imposição de tarifas aos automóveis europeus permanece como uma possibilidade.

“Tarifas sobre automóveis nunca estão descartadas”, disse Trump. “Se eu não conseguir o que eu quero, não terei outra escolha que não fazê-lo. Mas até aqui eles foram muito bem.”

O acordo sobre carne bovina poderá ajudar a aliviar alguns dos danos causados ao setor agrícola dos EUA pelas tarifas que Pequim impôs a produtos norte-americanos em retaliação às taxas dos EUA sobre a China.

Trump declarou que no primeiro ano as exportações livres de taxas de carne bovina dos EUA aumentarão em 46%, e que em sete anos crescerão mais 90%. “No total, as exportações livres de taxas vão aumentar de 150 milhões de dólares para 420 milhões de dólares, uma avanço de mais de 180%”, disse.

Em relação às cotas para os embarques, fontes na UE e diplomatas disseram em junho que o acordo negociado garantiria aos EUA uma parcela da cota de 45 mil toneladas que a UE possui para bovinos livres de hormônio.

Sem citar nominalmente a China, Lambrinidis disse que os EUA e a UE podem trabalhar em conjunto para enfrentar países que não competem de maneira justa no mercado global.

“O acordo nos mostra que, como parceiros, podemos solucionar problemas”, afirmou.

Fonte: Reuters


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