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Postado em 11 de junho de 2019 | 17:41

Sistema CNT reforça compromisso com transportadores

O Sistema CNT foi objeto de debates no segundo dia da 21ª Transposul – Feira e Congresso de Trasporte e Logística. Com o tema “Impulsionando o desenvolvimento do transporte rodoviário de cargas”, o presidente Vander Costa, o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, a diretora-executiva nacional do SEST SENAT, Nicole Goulart, e o direto-executivo do ITL (Instituto de Transporte e Logística), João Victor Mendes, apresentaram o trabalho realizado pelas três instituições em prol dos transportadores, dos trabalhadores do transporte e do desenvolvimento do Brasil.

Durante o painel no congresso técnico, Vander Costa destacou que, entre as missões iniciais da sua gestão, está o compromisso de reforçar o relacionamento com aos empresários, ampliando a divulgação do trabalho das instituições e escutando as reivindicações do setor. “Quero ouvir os empresários e os dirigentes do Sul e de todo o país para levar os pleitos para nossa equipe em Brasília, que trabalhará para torná-los realidade.”

Em sua fala, o presidente ressaltou ainda a interlocução que vem sendo estabelecida com a equipe econômica do governo federal em defesa da manutenção dos recursos do Sistema S, do qual o SEST SENAT faz parte. “Estamos confiantes. Sempre podemos fazer mais, com mais tecnologia e inovação. Mas o próprio governo reconhece que o modelo de gestão do SEST SENAT, pautado pela eficiência e transparência, é referência para as demais entidades do Sistema.”

O diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, afirmou que o transporte rodoviário é a base para o bom funcionamento das demais atividades econômicas. “O transporte permeia as demais atividades. Nós levamos os insumos, os trabalhadores, a matéria-prima. A gente é o elo para fazer funcionar toda a engrenagem social e econômica do país.”

Ele ressalta que o desempenho do setor, porém, está relacionado à eficiência da gestão e à qualidade da oferta de infraestrutura viária e de terminais e de veículos. “Ineficiências acarretam impactos negativos em toda a cadeia de transporte e elevam o chamado Custo Brasil”. Segundo o diretor, em 2016, os custos com logística no país chegaram 12,3% do PIB (Produto Interno Bruto), sendo que, desse total, 55% são referentes aos custos de transporte. Ele alerta que esse cenário não deve se alterar no curto prazo tendo em vista o baixo investimento governamental em infraestrutura de transporte (0,16% do PIB em 2018).

“A solução passa pelo investimento privado, mas o planejamento é falho e falta visão sistêmica.” Nesse sentido, Bruno Batista declarou que o setor de transporte precisa resolver os problemas do passado para se preparar para o presente e futuro. “A CNT dispõe de dados para auxiliar no enfrentamento desses desafios. De 2001 a 2018, desenvolvemos mais de 270 análises, estudos, pesquisas e boletins. Todo esse material está à disposição dos empresários para facilitar o planejamento das atividades.” Veja as pesquisas aqui.

Do trabalhador ao executivo

A diretora-executiva nacional do SEST SENAT, Nicole Goulart, salientou que a instituição trabalha para atender às demandas dos transportadores e destacou que em 2018 foram realizados mais de 10,6 milhões de atendimentos a trabalhadores do transporte, seus dependentes e à comunidade. “Os serviços estão concentrados no essencial para que possam ser ofertados em grande escala. Na saúde, prevenção de doenças da coluna, uso de drogas, excesso de peso e problemas dentários. Na formação profissional, cursos obrigatórios e capacitações que ampliam a produtividade das empresas e aumentam a empregabilidade e a geração de renda no setor.” De acordo com ela, o SEST SENAT está atento à dificuldade de ter mão de obra qualificada e busca desenvolver conteúdos pedagógicos 100% conectados às necessidades do transporte.

Nicole afirmou ainda que a instituição, em respeito ao que o TCU (Tribunal de Contas da União) determina, é marcada pela transparência, disponibilizando a prestação de todas as contas no seu site, e há anos conta com auditoria interna permanente e política de governança corporativa.

Para falar da importância da capacitação da alta gestão e da necessidade de investimento em tecnologia e inovação no setor, o diretor-executivo do ITL, João Victor Mendes, explicou que o instituto busca promover o conhecimento, o aprimoramento do capital humano e a competitividade do setor. “Por meio do Programa Avançado de Capacitação do Transporte, coordenamos, em parceria com o SEST SENAT, os cursos de Especialização em Gestão de Negócios, ministrado pela FDC (Fundação Dom Cabral); a Certificação Internacional Aviation Management, ministrada pela Embry-Riddle Aeronautical University, conceituada universidade com sede nos EUA; e a Certificação Internacional em Gestão de Sistemas Ferroviários e Metroferroviários, ministrada pela Deutsche Bahn Rail Academy.” Desde o início do programa, o ITL já formou mais de 1.600 gestores de mais de 600 empresas de transporte do país.

Criatividade

Ainda dentro da programação do segundo dia da Transposul, o jornalista Marcos Piangers ministrou palestra sob o tema “Criatividade: Fora da Caixa, Dentro da Caixa”, na qual incentivou o público a refletir sobre diversas situações e experiências do cotidiano atual. A ideia era estimular as empresas do setor de transporte a investir em uma cultura de inovação e criatividade. Ele afirmou que a atual geração de empreendedores enfrenta o desafio da transição do modelo de negócios, agora, permeado por novas tecnologias e por outro mindset. Para se prepara para isso, Piangers listou dez habilidades essências para o futuro: resolver problemas complexos; pensamento crítico; criatividade; gerenciar pessoas; trabalhar em equipe; inteligência emocional; julgamento e tomada de decisão; foco em serviço; negociação; e flexibilidade cognitiva.

Nesse sentido, no HUB do empreendedor, Daniel Nobre, gerente de produtos digitais da Apisul, que atua na área de seguro de cargas e gerenciamento de riscos, falou que a inteligência artificial pode ressiginificar a gestão do transporte de cargas, principalmente na seleção de motoristas e no monitoramento do trabalho dos profissionais. “Hoje já dispomos de sistema que acompanha como o motorista está dirigindo por meio de uma câmera de vídeo que filma todo trajeto percorrido. Unidos, hardware e software vão apontar quantas vezes ele fez ultrapassagens irregulares, andou pelo acostamento, excedeu o excesso de velocidade permitida, entre outros dados.”

Fonte: CNT


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