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Postado em 25 de fevereiro de 2021 | 18:28

Reservas financeiras das companhias aéreas estão chegando ao fim

Segundo a mais recente análise divulgada pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA – International Air Transport Association), as companhias aéreas devem continuar com balanço negativo durante todo o ano de 2021. Na análise anterior (de novembro de 2020), as estimativas indicavam que as companhias aéreas retomariam o saldo positivo no quarto trimestre de 2021, mas no setor da aviação em geral, isso só deve acontecer em 2022.

Estima-se que a queima de reservas em 2021 aumente e atinja a faixa de US$ 75 bilhões a US$ 95 bilhões, onde antes eram previstos US$ 48 bilhões. Esse cenário é influenciado pelos seguintes fatores:

• Começo fraco de 2021: Já está claro que o primeiro semestre de 2021 será pior do que o previsto, porque os governos aumentaram as restrições de viagens em resposta às novas variantes da COVID-19. As reservas para voos no verão no hemisfério norte (julho-agosto) estão hoje 78% abaixo dos níveis de fevereiro de 2019 (as comparações com 2020 estão distorcidas devido aos impactos da COVID-19).

• Cenário otimista: Considerando o início fraco deste ano, o cenário otimista consideraria restrições de viagens gradualmente revogadas, uma vez que as populações vulneráveis nas economias desenvolvidas foram vacinadas, ainda a tempo de impulsionar a demanda apática para a alta temporada de viagens de verão no hemisfério norte. Nesse caso, a demanda de 2021 seria 38% dos níveis de 2019. As companhias aéreas gastariam até US$ 75 bilhões de suas reservas ao longo do ano. Mas a queima de reservas de US$ 7 bilhões no quarto trimestre seria um avanço muito significativo em relação à queima de US$ 33 bilhões prevista no primeiro trimestre.

• Cenário pessimista: Neste cenário, as companhias aéreas gastariam até US$ 95 bilhões ao longo do ano. Haveria uma tendência de redução da queima de reservas de US$ 33 bilhões no primeiro trimestre para US$ 16 bilhões no quarto trimestre. O que mais influenciaria esse cenário seriam as fortes restrições de viagem mantidas pelos governos durante o pico da temporada de verão no hemisfério norte. Neste caso, a demanda de 2021 seria de apenas 33% dos níveis de 2019.

“Com os governos impondo restrições nas fronteiras cada vez mais rígidas, 2021 se apresenta como um ano muito mais difícil do que o esperado. Na nossa melhor estimativa, as companhias aéreas irão gastar até US$ 75 bilhões de suas reservas neste ano, podendo chegar a US$ 95 bilhões. Será necessária mais ajuda emergencial dos governos. O setor da aviação em operação poderá ajudar a promover a recuperação econômica após a COVID-19. Mas isso não acontecerá se houver falhas massivas antes do fim da crise. Se os governos não conseguirem abrir suas fronteiras, precisaremos que eles abram suas carteiras com ajuda financeira para manter as companhias aéreas viáveis”, disse Alexandre de Juniac, diretor-geral e CEO da IATA.

 

 

 

 

Fonte: Aeroin


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